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OE 2017

Bruxelas avisa: Portugal precisa de uma "estratégia de consolidação clara"

08 dez, 2016 - 21:42

A Comissão Europeia diz que "há margem" para aumentar a eficiência da despesa pública, e considera que os riscos para 2017 estão contidos desde que o Governo cumpra o orçamento.

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A Comissão Europeia exige a Portugal uma "estratégia de consolidação clara" no curto prazo, defendendo que "há margem" para aumentar a eficiência da despesa pública, e considera que os riscos para 2017 estão contidos desde que o Governo cumpra o Orçamento.

Num comunicado conjunto com o Banco Central Europeu (BCE), sobre a quinta missão de monitorização após o resgate, que decorreu entre 29 de Novembro e a passada quarta-feira, Bruxelas exige uma "estratégia de consolidação clara para o curto e médio prazo", defendendo que "há margem para aumentar a eficiência da despesa pública em Portugal".

No mês passado, Bruxelas deu 'luz verde' ao Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), mas alertou para um "risco de desvio significativo" do esforço de ajustamento exigido, ainda que por uma "margem estreita". Hoje, a missão de acompanhamento pós-programa considera que "os riscos estão contidos se o OE2017 for implementado como previsto".

Ainda sobre este ano, a Comissão Europeia projecta que o défice seja "ligeiramente superior" aos 2,4% do PIB estimados pelo Governo, "mas ainda consideravelmente abaixo dos 3%", sem indicar uma estimativa.

Em Novembro, quando divulgou as previsões económicas de Outono, Bruxelas estimava que o défice orçamental português ficasse nos 2,7% do PIB, acima da meta de 2,5% definida em Agosto, quando foi encerrado o processo de sanções.

A Comissão Europeia considera agora que, desde a última missão pós-programa, que se realizou em Junho, as autoridades portuguesas "tomaram acções efectivas - sob a forma de cativações - para corrigir o défice excessivo de 2016", também no seguimento da nova meta do défice definida em Agosto pelo Conselho da União Europeia.

Quanto à economia portuguesa, Bruxelas considera que a recuperação é modesta, "apesar de alguns desenvolvimentos positivos", e continua a estar pressionada por "níveis elevados de dívida no sector público e privado, de crédito malparado e das rigidezes dos mercados de trabalho e do produto".

Bruxelas destaca que o crescimento económico dos primeiros nove meses do ano representa 1,1%, mas prevê que o crescimento do conjunto do ano "fique abaixo do inicialmente previsto" no início de 2016 (1,8%).

A Comissão considera uma recuperação sustentada e reforçada depende da continuação de um ambiente externo positivo, incluindo o turismo, bem como de uma procura interna forte, particularmente proveniente do investimento de um aumento da absorção dos fundos europeus.

Para Bruxelas, "políticas orçamentais prudentes e reformas ambiciosas são a chave para melhorar o crescimento económico potencial de Portugal e a sua resiliência a choques", sobretudo as provenientes da volatilidade das taxas de juro e das necessidades elevadas de financiamento no médio prazo.

A Comissão refere-se também ao sector bancário, considerando que é necessária uma "abordagem mais ambiciosa" para reduzir o endividamento privado no sector e apelando ao Governo que "avancem decisivamente neste assunto, definindo calendários ambiciosos com objectivos claros".

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  • conversa fiada
    11 dez, 2016 lis 12:16
    Foram ultrapassados pelos resultados e têm de dizer alguma coisinha!...Andámos 4 anos e meio a ser confiscados e a empobrecer porque não havia alternativas!...E ainda há quem seja cego e continue na mesma lengalenga!...por ignorância ou má fé!
  • Eborense
    09 dez, 2016 Évora 15:19
    isto é conversa. Ainda hoje os juros estão a descer de quase 3,6 % a 10 anos para quase 3,8 %. Onde é que está o problema? E em 2017, quando o BCE deixar de comprar dívida, os juros vão descer aí para os 7 ou 8 %. E pergunto eu novamente! Onde está o problema? O que interessa é manter a "carneirada" animada. O resto são tretas.
  • observando idiotas
    09 dez, 2016 rqtparta 11:08
    Oh costa pantomineiro, quem vai pagar é os nossos filhos e netos? Então não estamos a pagar todos hoje em dia pelas bestas, incompetentes, corruptos, políticos medíocres desde de 74. Este país foi entregue a esta europa e o que é que os povos têm ganhado com isto? Mais pobreza, mais miséria, mais desemprego, subjugado a regras europeias que muito só têm agravado a vida das pessoas o desrespeito aos trabalhadores e à sua dignidade. Falas nos teus filhos e netos, então os que vivem agora que se fod---porcausa dos teus filhos e netos. Haja paciência para gente parva!!!
  • Tens toda a razão
    09 dez, 2016 dequalquerlado 10:57
    Oh tuga também digo o mesmo. Não há coisa mais certa.
  • COSTA PANTOMINEIRO
    09 dez, 2016 Lx 09:13
    Como exigir estratégia a um governo que gere o dia a dia com os seus parceiros de poder, um governo sem rumo, sem orientação e que cede ás chantagens constantes do BE e do PCP.... Todos a engolir elefantes, PS, PCP e BE e a fingir que governam.Quem vai pagar estas aventuras do pantomineiro Costa e seus apaniguados serão os nossos filhos e netos....Uns demagogos do pior que apenas querem a sobrevivência dos kamaradas dos sindicatos e da função pública.
  • tuga
    09 dez, 2016 lisboa 08:46
    Portugal PRECISA é de políticos competentes! que tenham um sentido de servirem o país e não servirem-se dos votos em proveito próprio!!! Depois sair deste embuste de negócios a que deram o nome de união europeia!!!!

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