05 dez, 2016 - 17:02
Os trabalhadores de 'handling' (assistência em terra) da Groundforce e da Portway aprovaram esta segunda-feira um plenário no dia 26 para decidir a marcação de uma greve entre 28 e 30 de Dezembro, anunciou o sindicato do sector.
A decisão foi aprovada esta manhã, num plenário realizado em Lisboa durante uma concentração de trabalhadores em frente às instalações da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que o Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (Sitava) acusa de condicionar a actividade de assistência nos aeroportos.
O sindicalista Fernando Henriques, em declarações à Lusa, adiantou que os Assistentes de Portos e Aeroportos (APA) poderão também aderir a esta greve, estando marcado para a próxima quarta-feira um plenário do sindicato com estes trabalhadores.
"Simbolicamente estamos aqui porque o presidente da ANAC, Luís Ribeiro, e a própria ANAC são o grande obstáculo a que o sector estabilize e os trabalhadores possam enfrentar o futuro com alguma segurança", disse o dirigente sindical em declarações à Lusa, durante o protesto que contou com algumas dezenas de trabalhadores.
O sindicato acusa a ANAC de ter "licenciado ilegalmente" a Ryanair e a Groundlink na prestação de serviços de assistência em terra nos aeroportos, o que esteve na origem do despedimento colectivo na Portway.
"Não sabemos se daqui a seis meses vamos ter empresa para trabalhar e o grande responsável é Luís Ribeiro e, por isso, propomos aos trabalhadores três dias de greve", adiantou Fernando Henriques.
Na moção aprovada, a que a Lusa teve acesso, os trabalhadores de assistência nos aeroportos "exigem" que as entidades responsáveis "intervenham, estabilizando o sector do 'handling'" e, caso a intervenção não se "verifique no imediato", avançam para a marcação da greve.