05 dez, 2016 - 16:09 • Olímpia Mairos
O Douro Internacional e o Douro Vinhateiro vão ficar “unidos” através de uma rota turística com cerca de 200 quilómetros de extensão, num corredor “verde” que liga cinco municípios transmontanos ribeirinhos do Douro.
O projecto “Grande Rota” nasce na associação de municípios do Douro Superior (AMDS) e visa “criar pontes” entre as duas regiões para potenciar a oferta, a fim de tornar o Parque Natural do Douro Internacional e o Alto Douro Vinhateiro um destino “de excelência” de turismo de natureza.
O projecto “tem como objectivo dotar o território” de uma “infra-estrutura de elevado interesse turístico, funcionando como um projecto-âncora", explica o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes.
Se o visitante iniciar o percurso em Miranda do Douro, é convidado a seguir por Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta. Nestes três concelhos o visitante vai poder desfrutar de imponentes paisagens planálticas, a uma altitude média que ronda os 700 metros. O rio Douro surge encaixado em granitos, sobranceiro a escarpas com mais de 150 metros de altura.
Mais a sul, nos concelhos de Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, o visitante terá a oportunidade de desfrutar de tranquilas e imponentes paisagens onde termina o Douro Internacional e começa o Alto Douro Vinhateiro.
Nos territórios abrangidos por esta Grande Rota, em que o Douro Internacional abraça o Douro Vinhateiro, habitam espécies únicas (animais e vegetais), algumas delas em vias de extinção.
Os cinco concelhos onde a grande rota se vai desenvolver abrangem uma área de 2.407 quilómetros quadrados e envolvem uma população de 36.748 habitantes.
A candidatura a fundos comunitários para a execução do projecto já foi aprovada, e está orçada, nesta primeira fase, em 350 mil euros.
Primeiro de vários projectos
Além de Miranda do Douro, a Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), entidade a quem cabe a gestão do projecto, integra os concelhos de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, concelhos que têm em comum a bacia hidrográfica do Rio Douro
A criação da “Grande Rota” é o primeiro de uma série de novos projectos ligados ao património material e imaterial. Para Artur Nunes, é “importante criar projectos estruturantes para o território do Douro Internacional ao nível cultural, ambiental, desportivo ou gastronómico, criando, assim, uma maior união entre municípios transmontanos ribeirinhos do Douro”.