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Bruxelas vai dar fundos para recuperar igrejas do centro histórico do Porto

01 dez, 2016 - 14:35

Vários tempos vão ser restauradas e recuperar tradições antigas religiosas, no âmbito de uma candidatura ao Portugal/Norte 2020.

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Um presépio vivo, Via Sacra, cortejo de Carnaval, a recriação da tragédia da Ponte das Barcas e restaurar todas as igrejas do centro histórico são algumas das iniciativas que o Porto vai realizar com 1,5 milhões de fundos comunitários.

Todas as igrejas do centro histórico do Porto - Igreja de S. Lourenço, Igreja das Almas S. José das Taipas, Igreja de S. Nicolau, Capela da Senhora do Ó, S. João Novo e Santo Ildefonso - vão ser restauradas e vão recuperar tradições antigas religiosas no âmbito de uma candidatura ao Portugal/Norte 2020 (PT2020), intitulada "Valorização do Património Religioso do Centro Histórico do Porto", e que foi aprovada com verbas atribuídas no valor de "1,523 milhões de euros", anunciaram hoje os responsáveis pela candidatura, numa cerimónia pública de apresentação do projecto.

Para o presidente da Câmara do Porto, um dos parceiros institucionais da candidatura, este projecto é "inclusivo". "Espero que este projecto consiga agregar a população para que se criem novos sentimentos de pertença", declarou Rui Moreira.

António Ponte, director Regional da Cultura do Norte, lembrou na cerimónia de apresentação do projecto, que decorreu hoje no Auditório da Casa do Infante, junto à Ribeira do Porto, que o Ministério da Cultura se "bateu" para que a candidatura "fosse articulada em rede pelas igrejas", para "promover o património" e também para garantir um "maior envolvimento e com uma economia de escala que trará mais rendimento".

"O apoio e envolvimento das várias instituições numa verdadeira parceria público-privada para que haja partilha de responsabilidade para salvaguardar o património e pô-lo ao serviço da comunidade para a sua sustentabilidade" foi outra das ideias hoje defendidas por António Ponte, em representação do Ministério da Cultura.

O bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, enumerou, seu turno, três palavras - "gratidão", "compromisso" e "desafio" -, que veiculam as três ideias que tem sobre aquela candidatura que serve para reabilitar e valorizar o património religioso do centro histórico do Porto.

O Bispo do Porto assumiu que sem "a ajuda" da Câmara do Porto e da Direcção Regional da Cultura do Norte, para "perceber o momento" que se vive e o valor do património do centro histórico, património mundial da Unesco desde 1996, a Igreja não teria conseguido vencer a candidatura.

"Nós não estaríamos aqui para levar por diante esta candidatura em tempo recorde", referiu, lembrando que "agora é hora do compromisso para a Igreja" e defendendo que quer que as "igrejas sejam úteis" para o culto religioso e para a valorização da cultura, da cidade e sentido de pertença da comunidade local de forma harmoniosa.

Para António Francisco dos Santos, este projecto e esta candidatura têm de "ser escola para o futuro" na linha de abertura e de "inclusão".

Comentários
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  • Que estranho...
    01 dez, 2016 lisboa 17:05
    E o governo manda construir uma mesquita no martim-moniz no valor de 3.000.000 milhões de euros.

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