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Administradores hospitalares têm solução para falta de médicos nas urgências

30 nov, 2016 - 22:10 • Ana Carrilho

Associação defende equipas dedicadas de médicos, como já acontece na "enfermagem e em todos os países civilizados”.

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Há problemas estruturais nas urgências médicas que poderiam ser resolvidos com a criação de equipas médicas dedicadas, tal como já aconteceu com a enfermagem, defende o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH).

Em declarações à Renascença, Alexandre Lourenço deixa claro que não basta contratar mais médicos, como o Ministério da Saúde tem feito. Também é preciso organização e o envolvimento de todos os actores, nomeadamente, ordens e sindicatos.

No entanto, em resposta ao alerta feito esta quarta-feira pelo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, sobre a hipótese de ruptura nas urgências na época do Natal, o presidente da APAH diz que as populações podem estar tranquilas.

“Os serviços de saúde saberão responder às necessidades a que serão sujeitos nesta época natalícia e de passagem de ano. Existem algumas dificuldades de organização que são estruturais e recorrentes, uma vez que os serviços de urgência estão dependentes, muitas vezes, do trabalho extraordinária dos profissionais de saúde ou da contratação de empresas privadas”, sublinha.

Para Alexandre Lourenço, “as horas extraordinárias não resolvem o problema, uma vez que os profissionais também têm o seu desgaste e o trabalho continuo e em excessivas horas leva a uma redução da qualidade do serviço prestado”.

Por outro lado, as empresas privadas a que os hospitais recorrem, “muitas vezes, não têm a qualidade necessária para assegurar a continuidade de cuidados dos nossos doentes”, adverte.

Para ajudar a resolver o problema, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares defende a equipas dedicadas de médicos ao serviço de urgência, como acontece na enfermagem “e em todos os países civilizados”.

O ministro da Saúde já admitiu que podem surgir problemas, mas Adalberto Campos Fernandes garante quehá vários meses que está a ser feito trabalho para que tal não aconteça.

Comentários
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  • jettv
    01 dez, 2016 lisboa 08:54
    Há muito que como utente assisto a "bandalheira" de como os utentes são tratados nos Hospitais públicos Concordo sem equipas envolvidas e interagir com responsabilidade e zelo nada feito. Não podemos tomar a árvore pela floresta, mas a classe médica em geral são mercenários que apenas olham para $$$$$$€€€€€€€€. Concordo. Muito a fazer nesta matéria tão sensível que é a saúde das pessoas a saúde do cidadão a saúde do SER HUMANO.
  • Zodiaco
    01 dez, 2016 lisboa 08:28
    Gostaria q concretizassem e ponham nome nos países civilizados que tem equipas dedicadas,organizaçao,duraçao atividade , qualidade e resultados do exercício global e resultados para o paciente e capacitação médica. Se contituirem equipas dedicadas irao faltar médicos noutros setores.Medidas a vulso causam graves distorçoes na organização e formação dos profissionais.Teria q surgir uma pleia de regulamentçao sobre,carreiras, gestão,anos de serviço,avaliaçao,tipo de carreira etc.Um trbalho adequado deveria comparar os dois sistemas e optar por aquele q produz ganhos em saúde ,colmatando as distorções q irao surgir.
  • FR
    30 nov, 2016 Portugal 23:37
    Em qualquer problema que o país tem, outro país já tem a solução, é observar e copiar!!!

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