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Veterinário desmente ministério: vacas foram vacinadas contra a língua azul, ovelhas não

25 nov, 2016 - 01:21

Mais de 70 ovelhas morreram esta semana em Abrantes, distrito de Santarém. Pode ser uma calamidade para os produtores.

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O vírus da língua azul matou dezenas de ovelhas sem vacinas, em Abrantes, durante esta semana.Ouvido pela Renascença, Adérito Galvão, veterinário do agrupamento de defesa sanitária do distrito de Santarém, diz que o Ministério da Agricultura, ao contrário que tem sido noticiado, só previu a vacinação de vacas e não de ovelhas.

"Ao contrário das notícias que estão a ver veiculadas pelo Ministério da Agricultura, não estava prevista a vacinação voluntária das ovelhas pelos produtores, apenas a das vacas. Portanto, essa informação que está a ser veiculada pelo Ministério da Agricultura, não é correcta. Eu aconselhei algumas pessoas, que seria do ponto de vista preventivo, bom, vacinar as ovelhas. E foi-me dito e estava escrito nos editais que previam a vacinação voluntária das vacas e não das ovelhas", disse.

Está infectada mais de metade das 15 mil ovelhas existentes em 400 explorações e rebanhos nos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal.

Adérito Galvão explica que a doença não se transmite aos humanos.

"A língua azul é provocada por um vírus, é uma doença exclusiva dos ruminantes. No caso concreto, vacas, ovelhas e cabras. No entanto, só as ovelhas é que adoecem. A doença é exclusiva dos animais, não se transmite ao homem. E não se transmite por mais nenhuma outra forma, que não a picada dos mosquitos. O mosquito pica num animal infectado, adquire o vírus e vai transmitir o vírus pela picada a outro animal. Não há outra forma de contaminação, o homem não se contamina, a doença não é transmissível por nenhuma outra forma. Do ponto de vista, de risco de propagação da doença para o homem, é nulo", acrescenta.

Mais de 70 ovelhas morreram esta semana em Abrantes, distrito de Santarém, com o vírus da língua azul.

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