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Hillary ou Trump? Estados Unidos a votos

08 nov, 2016 - 06:31 • Carlos Calaveiras

Mais de 200 milhões de norte-americanos estão a ser chamados a escolher, esta terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos. Hillary Clinton ou Donald Trump? Um deles vai comandar os destinos do país nos próximos quatro anos.

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Foi uma campanha eleitoral cheia de polémicas. De um lado, o controverso empresário, “outsider”, que quer construir um muro, rebaixa as mulheres, não quer os muçulmanos no país, critica heróis de guerra e não paga todos os impostos. Do outro, a política profissional que tem uns milhares de emails por esclarecer, o caso de Benghazy ainda a atormentar-lhe a vida e as contas da sua fundação por explicar.

O mundo só fala da luta Hillary/Trump mas há mais dois candidatos à presidência: Jill Stein (Verdes) e Gary Johnson (libertários).

Mais de 40 milhões de eleitores registados votaram antecipadamente e um deles foi o actual Presidente, Barack Obama. O voto negro não está a aderir ao voto antecipado como antecipavam os analistas, mas os hispânicos aparentemente sim.

Como é tradição nos Estados Unidos, a aldeia de Dixville Notch, New Hampshire, abriu as “hostilidades”.

São 50 os estados norte-americanos (e cada estado tem vários “distritos” num total de 538) mas, face ao sistema eleitoral do país, nem todos têm o mesmo peso na eleição do Presidente. Há estados decisivos, ou porque valem muitos votos no Colégio Eleitoral ou porque estão indecisos e podem cair para qualquer um dos dois lados da barricada.

Há vários tipos de “swing states” e o candidato que vencer a maioria destes vai suceder a Barack Obama.

Nos últimos dias de campanha, Trump e Hillary correram vários destes estados-chave e acabaram por centrar atenções especialmente em dois: Flórida e Ohio (que têm, respectivamente, 29 e 18 votos). O Ohio é especialmente importante, porque desde 1960 que o vencedor deste estado é o Presidente dos Estados Unidos.

Depois, o candidato Donald Trump não pode deixar de conquistar Carolina do Norte, Arizona, Geórgia e Missouri – quatro estados habitualmente republicanos.

Já Hillary Clinton não pode perder New Hampshire e vai tentar manter quatro conquistas de Obama: Pensilvânia, Colorado (que devem estar garantidos) mas também Iowa e Nevada.

Os eleitores votam e escolhem o Presidente. Depois de contados os votos, o candidato que ganhar o respectivo “distrito” conquista aquilo a que os norte-americanos chamam um “Grande Eleitor”, que passa a representar todos os votos do seu distrito no Colégio Eleitoral.

No final das contas, o objectivo dos candidatos é conquistar, precisamente, a maioria dos votos no Colégio Eleitoral, ou seja, 270 dos 538 Grandes Eleitores.

Como a votação não é directa e não funciona o sistema “um eleitor/um voto”, pode até acontecer que seja eleito um Presidente com menos votos que o adversário. A última vez que isso aconteceu foi em 2000. O democrata Al Gore teve mais votos, mas o novo Presidente acabou por ser o republicano George W. Bush.

Há oito anos, Barack Obama tornou-se o 44º Presidente dos Estados Unidos. Conseguiu 365 votos no Colégio Eleitoral. Foi o primeiro negro a chegar à Casa Branca. Se agora vencer Hillary será o regresso de um Clinton ao cargo, mas será também a primeira mulher a exercê-lo.

As urnas de voto nos Estados Unidos vão fechando ao longo da noite e madrugada de quarta-feira em Lisboa. As primeiras encerram às 23 horas e as últimas às nossas seis da manhã, no Alasca.

Comentários
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  • O Patriota
    08 nov, 2016 Norte 11:03
    Só espero que ganhe o Sr. Trump, o mundo precisa de ar fresco...
  • O Crítico
    08 nov, 2016 Açores 10:17
    Acho graça como a comunicação social dá uma imagem bem distorcida da verdade, primeiro a Hillary é bem mais perigosa que Trump muitas vezes, uma das principais razões é as provocações constantes há Rússia, querer uma Terceira Guerra Mundial, uma hipócrita do pioria. Trump por seu lado quer e muito bem expulsar o lixo radical Islâmico, barrar a entrada de ilegais principalmente dos quartéis da droga mexicanos. Para quem conhece um pouco da realidade Americana sabe bem do que Trump fala, enquanto os betinhos que vivem num mundo irreal de fantasia acredita na Hillary. Como tal votei Trump e toda minha família, conheço muito Português que o vai fazer, alguns que nunca tinham votado, vão desta vez votar por causa de dar voz ao Trump. Que ganhe Trump, pode não ser perfeito e ser arrogante, mas não é pior que Hillary.
  • CFS
    08 nov, 2016 Porto 09:02
    A Hillary transferiu 1,8 mil milhoes de Dólares para o Qatar. É onde vai viver para não ir presa.

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