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Reclusos portugueses vão ao encontro do Papa Francisco

05 nov, 2016 - 09:44 • Ana Lisboa

Iniciativa tem um grande significado para os presos, já que sentem muita “estima e admiração” por Francisco, “pelo modo como o Papa tem falado tantas vezes dos presos e para os presos", diz à Renascença o padre João Gonçalves, coordenador da Pastoral Penitenciária.

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O Jubileu dos Reclusos decorre este fim-de-semana no Vaticano. É uma iniciativa no âmbito do Jubileu da Misericórdia que termina neste mês de Novembro.

Os reclusos vão encontrar-se com o Papa Francisco no domingo de manhã, durante a habitual Missa na Basílica de S. Pedro, antecedida pela Oração do Rosário.

Este sábado estão previstas diversas actividades, uma delas, esta tarde, entre as 16h00 e as 18h00 será a peregrinação para a Porta Santa.

A delegação portuguesa inclui um preso do Estabelecimento Prisional de Custóias, em Matosinhos, e dois ex-reclusos.

Esta iniciativa tem um grande significado para os presos, já que sentem muita “estima e admiração” por Francisco, “pelo modo como o Papa tem falado tantas vezes dos presos e para os presos", diz à Renascença o padre João Gonçalves, coordenador da Pastoral Penitenciária.

"Isso também lhes atrai imenso. E fá-los sentirem-se gratos para com esta pessoa que não esquece esta área da periferia da sociedade que são os reclusos. E o modo como o Santo Padre tem sempre falado, mensagens belíssimas que tem enviado, de optimismo, de esperança e até de interpelação para as próprias instituições e para os próprios governos. O Santo Padre é um aliado dos presos, é como eles o sentem”, refere o padre João Gonçalves.

D. Joaquim Mendes lidera a comitiva. Foto: Inês Leitão

O sacerdote espera que a mensagem de Francisco seja “uma palavra de muita esperança”, “apesar da situação dramática, de grande dor, de grande sofrimento, de grande abandono em que eles estão”.

Mas também deseja ouvir uma palavra para as famílias dos presos, “que são a comunidade mais próxima destes homens e destas mulheres que sofrem tanto”.

E depois uma palavra de “estímulo” para todos os que desenvolvem trabalho pastoral nas prisões.

O padre João Gonçalves gostaria ainda que o Papa falasse em “gestos de misericórdias que os próprios governos e os Estados possam ter em relação aos reclusos”.

A delegação portuguesa leva cerca de 80 pessoas, entre reclusos, visitadores, voluntários, padres e o bispo D. Joaquim Mendes.

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  • Xico Zé
    05 nov, 2016 Vaticano 10:37
    Será que o Papa "Xico" vai amnistiá-los todos?

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