28 out, 2016 - 08:29
Quatro farmácias hospitalares viram a sua actividade de preparação de medicamentos oncológicos suspensa, depois de um inspecção feita pelo Infarmed.
Foram inspecionadas 26 farmácias, revela a edição desta sexta-feira do "Jornal de Notícias" (JN). Das 26, quatro receberam ordem de suspensão, as dos hospitais das Caldas, de Beja, de Aveiro e da Luz (Lisboa). Em causa estão problemas com equipamentos e regras que não estavam a ser cumpridas e que podiam pôr em causa a segurança dos profissionais de saúde.
O primeiro hospital a suspender esta acção foi o das Caldas da Rainha. Em Abril, o Infarmed detectou problemas com equipamentos que evitam a contaminação de amostras e verificou que alguns requisitos técnicos não estavam a ser cumpridos. A Autoridade Nacional do Medicamento concluiu que podiam haver riscos para os profissionais e decidiu suspender a farmácia.
Os seis doentes que estavam a ser tratados no Hospital das Caldas da Rainha foram encaminhados para Torres Vedras, mas o administrador do Centro Hospitalar do Oeste diz ao "Jornal de Notícias" que desde Junho voltaram a ser tratados nas Caldas da Rainha.
Em Maio, também a farmácia do Hospital de Beja suspendeu a actividade depois de uma inspecção e em Junho foi a vez do Hospital de Aveiro. Neste caso, o Centro Hospitalar do Baixo Vouga garante ao JN que 70% dos problemas detectados foram já corrigidos. Aguardam agora a decisão do Infarmed sobre a evolução do processo.
Já no Hospital da Luz, o único privado deste caso, a inspecção aconteceu em Setembro. O Infarmed considerou que o espaço não tinha ventilação suficiente. Fonte do Hospital diz ao JN que já foram feitas obras, estão agora em fase de testes, e na próxima semana a produção deve ser retomada. Para garantir o tratamento dos doentes, o hospital contratou empresas externas para produzir os medicamentos.
Além dos problemas com a preparação dos medicamentos, o Infarmed detectou também falhas na distribuição e dispensa dos medicamentos em ambulatório. Até ao final do ano, o Infarmed vai fiscalizar mais cinco farmácias hospitalares.