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Governo cria banco de terras com propriedades sem dono reconhecido

27 out, 2016 - 16:26

As terras sem dono reconhecido poderão ainda ser reclamadas durante 15 anos. Findo este período de transição, o estado assumirá a propriedade das terras na sua posse.

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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira, na Lousã, medidas legislativas para a floresta como a criação de um banco de terras que integrará as propriedades do Estado e os terrenos privados sem dono reconhecido.

“Hoje é um dia histórico para a floresta portuguesa”, disse aos jornalistas o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos.

Numa conferência de imprensa, naquele concelho do distrito de Coimbra, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros dedicada ao sector florestal, Capoulas Santos afirmou que o conjunto de propostas legislativas vai dar “início a uma reforma profunda” do sector florestal.

O ministro da Agricultura salientou que a reforma visa promover o seu ordenamento e prevenir os incêndios, limitando a plantação de eucaliptos e o avanço das espécies invasoras, como as mimosas.

Os terrenos agrícolas e florestais sem dono reconhecido deverão ser incluídos no futuro banco de terras, cuja gestão será confiada à Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), adiantou Capoulas Santos, que estava acompanhado na ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, que apresentou as conclusões da sessão, realizada no Centro de Operações e Técnicas Florestais (COTF).

Os donos das propriedades rústicas poderão proceder ao seu registo, sem custos, até 31 de Dezembro de 2018, adiantou o ministro, no final da sessão a que presidiu o primeiro-ministro, António Costa.

No entanto, as terras sem dono reconhecido poderão ainda ser reclamadas durante 15 anos. Findo este período de transição, o estado assumirá a propriedade das terras na sua posse.

A nova legislação aprovada vai estar em discussão pública, até final de Janeiro, e será enviada à Assembleia da República.

Nos últimos dois meses, foram realizadas duas reuniões temáticas do Conselho de Ministros no distrito de Coimbra, a primeira nesta cidade, em Setembro, dedicada à saúde, e a segunda na Lousã, esta quinta-feira, sobre a reforma da floresta portuguesa.

Comentários
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  • Mário Nascimento
    03 mar, 2017 Porto 15:03
    Façam um levantamento das pessoas desempregadas de longa duração e dividam essas terras por essas pessoas para produção. Nem que seja por contratos de 10 ou 15 anos, e possibilidade de adquirirem os terrenos ao fim desses anos de contrato. Mas não, é melhor dar aos amigos para encherem mais os bolsos com negócios duvidosos.
  • Analfa Bruto
    27 out, 2016 Banco de Terras 19:13
    Não sabem o que estão a fazer, vai dar em nada, zero, uma fantochada. Conheço pessoas com a 4ª classe que tratam desse assunto muito melhor do que todos os ministros, disse!
  • graciano
    27 out, 2016 alemanha 16:42
    ai que maravilha vamos ter os ministros e deputados a criarem porcos no alentejo ovelhas na serra da estrela mel no marao batata em montalegre e canudos em braga kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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