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Manifestações na Venezuela fazem 20 feridos e 39 detidos

26 out, 2016 - 23:45

Oposição continua a protestar contra adiamento do referendo. Greve geral marcada para 3 de Novembro.

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Mais de 20 pessoas ficaram feridas e 39 foram detidas em protestos contra o governo na Venezuela, disse o líder de um grupo local de defesa dos direitos humanos.

Entre os feridos, incluem-se três pessoas que foram atingidas por disparos na cidade de Maracaibo, disse Alfredo Romero, num dia de protestos contra o Presidente Nicolas Maduro, a braços com uma crise económica devastadora.

A mesma fonte, director do Fórum Penal, uma Organização Não Governamental (ONG), afirmou na rede social Twiter que estes confrontos aconteceram em cinco dos 24 estados da Venezuela.

A oposição venezuelana, reunida na organização Mesa da Unidade Democrática (MUD), convocou uma greve geral de 12 horas para sexta-feira e uma manifestação junto ao palácio presidencial para 3 de Novembro.

O anúncio foi feito pelo secretário executivo da MUD, Jesús Torrealba, no final de uma manifestação em Caracas que reuniu muitos milhares de pessoas em protesto contra o cancelamento judicial do processo de lançamento de um referendo sobre a destituição do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Jesús Torrealba disse que a greve geral será "um protesto contra a violação do direito ao voto" e apelou para que na sexta-feira os venezuelanos "deixem as ruas vazias e o país deserto", enquanto a Assembleia Nacional, o parlamento - dominado pela oposição e cujas deliberações têm sido sucessivamente invalidadas por via judicial a pedido de Nicolás Maduro -, "avança no caminho parlamentar para aprovar a separação de Maduro do seu cargo, por negligência".

O presidente do Parlamento, Henry Ramos Allup, anunciou a convocação da manifestação de 3 de Novembro junto ao Palácio de Miraflores e afirmou que será pacífica, "mesmo que as forças repressivas do regime tentem impedi-la".

"No dia 3 de Novembro vamos notificar Nicolás Maduro de que o povo venezuelano o declara responsável de negligência no exercício das suas funções políticas", disse Ramos Allup.

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