26 out, 2016 - 19:16 • Henrique Cunha
É a primeira grande investida de Portugal numa feira de negócios cubana. É já na próxima semana que a Associação Empresarial de Portugal (AEP) promove a deslocação de 30 empresas portuguesas a Cuba para participar na Feira Internacional de Havana (FIHAV), em Havana.
Os pormenores desta viagem de negócios ao país de Fidel Castro foram revelados esta quarta-feira à Renascença pelo presidente da Associação Empresarial de Portugal, Paulo Nunes de Almeida. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, começou esta quarta-feira uma visita oficial a Cuba.
A FIHAV, que começa na segunda-feira e decorre até 4 de Novembro, é a maior feira multissectorial de negócios das Caraíbas, com mais de 60 participações nacionais e quase 1.500 expositores.
A deslocação dos empresários portugueses, a maior parte ligados aos sectores agro-alimentar e bebidas, dos materiais de construção e da metalomecânica, decorre de uma parceria da Câmara de Comércio Portugal-Cuba com a AEP.
“Será a primeira grande participação de Portugal numa feira multissectorial em Cuba. E é um exemplo de que temos olhado para mercados onde se torna mais difícil para as empresas irem isoladamente e onde o papel de uma instituição com as características da AEP apoia muito no contacto inicial”, afirma o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida.
Este é um primeiro sinal para Portugal do fim do embargo económico a Cuba que, na opinião de Paulo Nunes de Almeida, vai abrir um “novo ciclo de investimento” naquele país. “A maior parte desse investimento é estrangeiro e isso reflecte o fim do embargo, o que permite a esses investidores olharem para Cuba com outra confiança.”
O sector agro-alimentar apresenta excelentes oportunidades para os investimentos portugueses em Cuba.
“Cuba está dependente de muitos produtos e tem de os importar. Até aqui tem tido o mercado da Venezuela como principal fornecedor. Mas direi que, também fruto da situação que se vive no mercado [venezuelano], podemos encontrar fontes alternativas e Portugal pode colocar em Havana alguns produtos onde é muito competitivo.”