26 out, 2016 - 12:02
Portugal colocou, esta quarta-feira, 1.000 milhões de euros de dívida com maturidade a cinco anos, a uma taxa de juro de 1,75%.
No leilão anterior comparável, realizado a 31 de Agosto, a taxa foi de 1,87%.
A procura de Obrigações do Tesouro emitidas pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que vencem a 15 de Abril de 2021, excedeu a oferta 1,93 vezes.
Esta operação seguiu-se à decisão favorável da DBRS. Esta foi a única agência que mantém o “rating” de Portugal acima do nível de “lixo”, o que é fundamental para que o país continue a ser contemplado no programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE).
A DBRS alerta que "Portugal enfrenta desafios significativos, incluindo níveis elevados de dívida pública", que deverá ser reduzida "apenas gradualmente" e que faz com que o país continue "vulnerável a choques adversos".
Também na frente orçamental são deixados alertas. A agência considera que "os riscos negativos para atingir as metas orçamentais continuam significativos", e que o Programa Especial de Regularização do Endividamento ao Estado (PERES), que chama de "amnistia fiscal", só trará um "impulso extraordinário às receitas fiscais".