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Sindicato diz que não há lixo a ser processado em Lisboa

25 out, 2016 - 18:45

Trabalhadores em greve dizem que apenas querem abrir uma via de comunicação com a empresa. Pedem aumentos de 4%, num mínimo de 40 euros, mas a Valorsul não tem estado aberta a conversar.

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O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente (SITE) garante que não há lixo a ser processado na região de Lisboa e que só estão a ser cumpridos os serviços mínimos.

À Renascença, o SITE contraria os números da Valorsul, que aponta para uma adesão à greve de 19% às primeiras horas do segundo turno.

Segundo o presidente do sindicato, Mário Matos, no final do primeiro turno a adesão era de 100%. Neste momento, ainda não há números, mas só estão garantidos os serviços mínimos. “Nós não entramos na guerra dos números. O ponto principal é que a grande maioria dos trabalhadores está em greve. Nas fábricas, na operação, a paragem é total, só estão a funcionar os serviços mínimos, para garantir a segurança das instalações e dos bens.”

No início do segundo turno, garante o líder sindical, “as fábricas estão paradas e a laboração está parada. Na incineradora só estão os serviços mínimos, nas outras unidades há um ou outro trabalhador, mas não há nenhuma fábrica na região de Lisboa a processar lixo".

Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais de 4%, mas a Valorsul lembra, em comunicado, as medidas que tomou depois da privatização, que tiveram impacto nos salários, como a eliminação dos cortes salariais e o desbloqueio das progressões automáticas.

Mário Matos, porém, diz que a empresa se limitou a cumprir a lei. “A empresa não fez mais do que repor a legalidade e cumprir o acordo de empresa. Porque nós estávamos debaixo de restrições orçamentais, adjacentes ao Orçamento do Estado.”

“Passando estes a ter a maioria do capital privado acabaram essas restrições e como tal eles simplesmente repuseram a legalidade, não nos deram nada a que não tivéssemos direito. Não nos acrescentaram nada ao que tínhamos antes das restrições orçamentais.”

Para já, diz Mário Matos, a intenção dos grevistas é de pelo menos abrir uma via de comunicação com a empresa. “Queremos abrir a negociação, já apresentámos valores à empresa, de 4% num mínimo de 40 euros no princípio do ano, nunca quis abrir a negociação, por isso não sabemos qual é a proposta da empresa, para podermos alterar ou não.”

O pré-aviso de greve abrange três dias e afecta 19 municípios. Começou às 00h00 de terça-feira e vai terminar às 08h00 de quarta-feira.

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