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Metro de Lisboa. 20 carruagens avariadas, 20 dias de luta

24 out, 2016 - 08:33

O protesto é da autoria da comissão de utentes, cada vez mais insatisfeita com o serviço prestado. Atrasos sucessivos, redução de carruagens, obras que não avançam e elevadores sempre avariados são algumas das queixas.

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Começa esta segunda-feira o protesto da Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa contra a degradação, sobretudo, do Metro. A iniciativa dura 20 dias – o mesmo número de carruagens que, de acordo com o Metropolitano, estão avariadas.

“As constantes ‘perturbações na linha’, os atrasos sucessivos, os cada vez mais longos tempos de espera, a redução de carruagens, a redução para três carruagens na Linha Verde, as obras na estação de Arroios que estão paradas e as obras na estação do Areeiro que nem sequer começaram, as escadas rolantes e elevadores sempre avariados que impedem os utentes com mobilidade reduzida ou condicionada de aceder a este serviço de transporte, a falta de trabalhadores, a sobrelotação” são os principais apontados no comunicado enviado às redacções.

A redução das composições na Linha Verde deve-se a falta de obras nas estações do Areeiro e de Arroios, que não têm gares com tamanho suficiente para ter mais carruagens a circular.

“A explicação em relação à linha Verde é que o cais tem de ser ampliado para ter capacidade para seis carruagens. Nós já pusemos a questão da quarta carruagem para ultrapassar o problema da sobrelotação na linha Verde, onde as pessoas vão completamente sardinha em lata. A administração do Metro disse-nos que não era possível, mas sabemos que, ao nível técnico, era possível”, explica à Renascença Cecília Sales, da comissão de utentes.

“Todos os dias, os utentes do Metro de Lisboa são confrontados com situações de verdadeiro caos, resultantes de políticas de desinvestimento continuado nas empresas públicas e que levaram à degradação da qualidade do sistema de transportes públicos”, critica a comissão em comunicado.

A administração dos Transportes de Lisboa "continua a não dar resposta e a adiar a resolução dos vários problemas”, criticam os utentes, para quem a Câmara de Lisboa e o Governo nada fazem para mudar a situação que “prejudica milhares de pessoas que vivem, trabalham ou visitam a cidade de Lisboa”.

A campanha começa às 16h30 na estação de Arroios, com acções de contacto e esclarecimento com os passageiros. Estende-se depois ao Campo Grande (dia 25), ao Marquês de Pombal (26), ao Areeiro (27) e à Alameda (28).

Comentários
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  • Pinto
    12 dez, 2016 Custoias 20:56
    No porto são duas carruagens de cada vês, vai tudo como sardinha enlatada....e ninguém se queixa. este povo anda anestesiado.
  • Portugal
    24 out, 2016 Portugal 19:13
    Subitamente, a partir de outubro do ano passado, a CGTP deixou de convocar greves no Metro de Lisboa, Transtejo, CP, Carris, Metro do Porto e STCP. Agora, a CGTP e o PCP, já não estão preocupados com a qualidade do serviço prestado aos utentes, nem com os seus trabalhadores. Mas, tudo não passa de mera coincidência.
  • ó joão
    24 out, 2016 lis 16:33
    Vai dar banho ao cão!...Os teus comparsas, arruinaram o serviço publico, para depois o privatizarem! Só um cegueta é que não vê...mas sente!
  • Consequencias
    24 out, 2016 lis 16:30
    Do elevado desinvestimento feito nos 4 anos de desgovernação do farsola Passos Coelho e da sua partenaire financeira Maria Luís! Agora, vamos pagar mais para compensar os cortes cegos do desajustamento para a saída suja!...para eles, foi uma saída limpa! Limparam-nos os bolsos e queriam continuar a limpá-los!
  • Joao
    24 out, 2016 14:32
    Por muitas voltas que a esquerdalha dê está mais que provado que tudo que é publico nao funciona e dá prejuizo.Trabalho no privado, mas tenho amigos em empresas publicas que dizem, o trabalho nao azeda o ordenado ao fim do mês é certo.ora nas privadas nao é assim se nao produzirem ao fim do mês nao há dinheiro para os melões
  • Martins
    24 out, 2016 LX 14:27
    Para os esquecidos... PS no governo, Metro, SWAPS, Milhões de Euros a pagar pelo contribuinte português. "Estão em causa quatro contratos de swap, no valor global de 274.578 milhões de euros, assinados entre 2002 e 2006 e renegociados diversas vezes, com datas de maturidade de 2019 e 2022". Convém não esquecer!
  • zeca
    24 out, 2016 14:24
    Estes pobres de espirito daqui a dez anos ainda devem andar a dizer que o mal deste país foi provocado pelo anterior governo.Entao expliquem-me uma coisa durante um ano ainda nao tiveram tempo para repor o que os outros fizeram de tao mal? nao foi para isto que se propuseram? Nao era para virar a pagina ? Ou o objetivo foi só agora é minha vez?
  • Jaime Macedo
    24 out, 2016 Lisboa 13:08
    A avaliar pelos comentários anteriores pergunto se ninguém reparou que a grande deterioração do metro aconteceu nos últimos 4 anos? Que nenhum funcionário reformado foi substituído nos últimos 4 anos, que a rede aumentou havendo menos maquinistas e mecânicos, que há canibalização das carruagens porque se deixou de importar peças e assim desmontam-se carruagens que estavam boas, etc. Tudo isto para o Metro não dar prejuízo. O problema é que os serviços públicos, por serem universais, têm de dar prejuízo ou seriam incomportáveis para os utentes. Na Alemanha um passe custa 63 euros mas dá para 3 meses e a partir das 18 horas dá para serem utilizados por duas pessoas? Dá lucro às empresas de transportes lá? Não! Dá lucro para a economia, para o ambiente, etc.
  • ze
    24 out, 2016 lisboa 11:23
    A CP é a mesma coisa. Antes ia para o trabalho de comboio, poupava dinheiro e era amigo do ambiente. Em 2015 alguem teve a excelente ideia de ter comboios em vez de ser 5 em 5 min passou para 10 min em hora de ponta.. Aumentarem os comboios suprimidos, ou seja de 5 min passou para 20min.. pior mesmo é que o proximo que vinha estava cheio, ou seja ficava na estação 30 min para apanhar um comboio... Uma autentica selva! Solução comprei uma scooter... e não quero outra coisa!
  • Viriato
    24 out, 2016 Condado Portucalense 11:11
    VERGONHA...À borla este serviço é caro. Pago 42 euros para poder ir para o meu local de trabalho nesse meio de transporte mas esses 42 euros em vez de ir para o funcionamento efectivo da Metro de Lisboa, vai para alimentar administrações parasitas em que a única preocupação é com as grandes vidocas que levam, com carros, motoristas, cartões de crédito, despesas de representação e outras mordomias, mas efectivarem um bom funcionamento da empresa isso é não interessa, os otários que paguem os passes e o resto não interessa. No outro lado da VERGONHA está a máfia dos sindicatos, pontas de lança desse partido amigo da anarquia que é o P.C.P. que só sobrevivem na selva e na confusão, e que só existem em países terceiro-mundistas em que está transformado a minha nação.Quem se desloca neste meio de transporte tem todos os dias surpresas desagradáveis e ainda nos deparamos com o gozo que eles têm em prejudicar os utentes. ACORDEM PORTUGUESES.

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