22 out, 2016 - 23:52
A importância de pagar impostos é negligenciada e desconsiderada na sociedade portuguesa actual, disse D. Jorge Ortiga, na conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz.
Entre outras coisas, os impostos devem servir para diminuir as desigualdades, promover o bem-estar social e garantir igualdade de oportunidades, sublinha D. Jorge Ortiga que critica a fraude e evasão fiscal e alerta para a importância de pagar impostos.
“Torna-se por isso fundamental referir a importância e o relevo social do dever de pagar impostos. Vivemos numa sociedade em que a consciência de que se trata de um dever de justiça e que um modo de contribuir para o dever comum é negligenciado ou desconsiderado. Para todos o pagamento dos impostos deve ser encarado como uma forma de concretização da dimensão política e social da caridade cristã”, disse.
Numa altura em que o Orçamento do Estado para 2017 foi apresentado, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana chama a atenção para os custos da vertente social que não deve ser esquecida.
“O poder político deve procurar sempre o bem-comum e o bem de todos, sem negligenciar ninguém, nomeadamente os mais carenciados. Não pode ser esquecida a vertente social”, acrescenta.
Já sobre o IMI, D. Jorge Ortiga diz que a Igreja já paga os seus impostos, mas não vê razão para pagar em instituições que têm fins sociais.