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“O PS gostaria de dizer o que o Bloco diz, mas tem medo”, considera Passos

22 out, 2016 - 10:49

Numa entrevista publicada este sábado no Público, o líder do PSD rejeita a ideia de vir a nomear o seu sucessor, dizendo que o PSD “não é uma monarquia”.

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Pedro Passos Coelho vê uma radicalização do PS e considera que os socialistas gostariam mesmo de ser como o Bloco de Esquerda, mas que têm medo de perder o eleitorado moderado.

Numa entrevista publicada na edição deste sábado do jornal “Público”, o líder do PSD diz que o PS de hoje não é comparável com o de ontem. “O PS que fez connosco a primeira e a segunda revisão constitucional, a política e a económica, esse PS, hoje, não está representado no Governo”.

Passos Coelho diz que o PS actual “acha que o BE tem razão. No fundo, eles gostariam de poder dizer com enorme liberdade o que diz o BE, têm é medo de perder o eleitorado moderado. Mas há aqui apenas um desfasamento temporal, porque o PS ainda não diz exactamente o que o BE diz, mas vai fazendo muito o que o BE e o PCP querem”, acusa ainda o líder do principal partido da oposição.

Ainda no ramo das críticas ao PS, Passos Coelho revela estranheza sobre a impopularidade dos socialistas nas sondagens, apesar das políticas. “Acho extraordinário como é que um governo que ao cabo de quase 11 meses diz que devolveu mais rapidamente rendimentos, feriados, férias, acabou com a austeridade, não está com o apoio de 45%, 50% do país. Porquê? O que é que se passa?”

“O Governo tinha uma estratégia que era mais ou menos esta: Vamos melhorar os rendimentos para que a economia cresça, através do consumo. Porque é que a economia está a crescer menos do que há um ano, quando eu estava no Governo?”

Ainda nesta entrevista, Pedro Passos Coelho garante que vai cumprir o seu mandato à frente do PSD e recusa comentar a sua própria sucessão no partido. Questionado sobre se gostaria de ver Maria Luís Albuquerque na liderança do PSD rejeita sequer comentar, dizendo que o PSD não é uma monarquia, “portanto, nunca serei eu a indicar o meu sucessor”.

Já sobre a líder do CDS, Assunção Cristas, o entrevistado tece elogios e deseja-lhe sucessos, dizendo que o seu sucesso “nunca será um engulho para o PSD”. Sobre a decisão da líder dos centristas de ser candidata à Câmara de Lisboa, Passos Coelho diz que tem “admiração pela decisão” mas que “está fora de questão” fazer o mesmo, por qualquer câmara.

Comentários
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  • ó Passos
    24 out, 2016 port 11:22
    Já pagaste o que deves à Segurança Social ou ainda te queixas de não ter dinheiro? Sai da zona de conforto, não sejas piegas e emigra para bem longe que cheiras mal da boca!
  • O embuste nacional
    23 out, 2016 lis 21:21
    É este figurão do Passos Coelho! Anda nas sessões de cartomancia para lançar nos incautos, que ainda vão na conversinha de pé de orelha deste aldrabilhas, o diabo que esperava que chegasse em Setembro! É o cancro deste país! Só quem for desprovido de memória ou for da clubite dele, pode levar a serio tamanho aldrabão e vendedor de banha de cobra!
  • Martins
    22 out, 2016 LX 18:58
    Excelente análise de Passos. O PS é apenas uma correia de transmissão dos radicais de esquerda. O PR bem tenta amenizar a coisa, mas a os factos estão aí. Não há nem haverá investimento. Não há nem haverá crescimento. E resta saber se os geringonços se vão aguentar. Era bom que não para o bem do país.
  • Eborense
    22 out, 2016 Évora 17:23
    "Porque é que a economia está a crescer menos do que há um ano, quando eu estava no Governo?” é de facto uma pergunta pertinente. Mas Dr. Passos Coelho! O Sr. acha mesmo que a geringonça está interessada em que o País cresça? O que interessa é gastar o dinheiro dos outros e quando os outros já não nos emprestarem mais, então que venha mais um resgate. Depois haja quem pague. Não foi assim já 3 vezes com o partido líder da geringonça? E viva o regabofe da geringonça e viva o Sr. Costa, o Tio Jerónimo, a 1ª ministra Catrina e as irmãs Mortágua.
  • Pedro Ribas
    22 out, 2016 Avintes 17:13
    Tendo em conta que as propostas do Syriza eram iguais ao programa eleitoral dos partidos sociais-democratas nos anos 80 aonde está o problema Pedro? Tu é que de social-democrata tens zero.
  • Miguel
    22 out, 2016 lisboa 16:20
    Ao olhar para este homem só me ocorre uma simples palavra: GRATIDÃO. Obrigado Pedro por nos teres libertado da banca rota socrática.
  • Palavras sábias
    22 out, 2016 lisboa 15:37
    Palavras sábias e legitimas de quem ganhou as eleiçoes e foi usurpado.
  • ivo
    22 out, 2016 cascais 15:30
    Será que o presidente do PSD não enxerga que está a prejudicar o partido? Nós estamos fartos do senhor e daqueles craneos que sempre o acompaharam e fizeram deste grande partido uma coutada privada.Deixe que o PSD se encontre de novo com a social democracia, e volte a ser o grande partido que este senhor tem vindo a destruir, ajudem-no a sair com alguma dignidade
  • Luis
    22 out, 2016 Lisboa 13:51
    Este Traste de Massamá é uma figura patetica. Para ele vale tudo para não perder o tacho pois como nem perfil tem para gerir uma taverna de bairro sabe que acabando o tacho só para colar cartazes. Ainda nem percebeu que muitos daqueles que votaram nas ultimas eleições nele não voltariam a votar pois já viram entretanto quanto foram enganados. Pensar ter o voto daqueles que não votaram nele então é impensável. O imbecil ainda não percebeu que em novas eleições com ele como lider o PSD nunca ganhará nada, de nada. Cada vez mais patetico.
  • Pinto
    22 out, 2016 Custoias 13:46
    Passos emigra para o Alasca e não apareças mais.

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