Tempo
|
A+ / A-

Ponte de Sor: Iraque rejeita, para já, levantar imunidade dos filhos do embaixador

21 out, 2016 - 17:20

Iraque diz ser "prematuro" tomar a decisão que Portugal tinha solicitado.

A+ / A-

O Iraque considera “prematuro” tomar uma decisão sobre o pedido de levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador iraquiano, revelou esta sexta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português. O Iraque dá conta, contudo, da disponibilidade dos filhos do embaixador serem ouvidos no inquérito em curso sobre os incidentes de Ponte de Sor.

Em comunicado, o MNE informa que recebeu, na quinta-feira, a resposta do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque acerca do pedido feito a 25 de Agosto pela diplomacia portuguesa, depois das agressões ao jovem Rúben Cavaco.

O Iraque "agradece as indicações oportunamente fornecidas sobre o sistema judicial e o direito processual portugueses" e "respeita por completo os procedimentos legais aplicáveis, conduzidos pelas autoridades judiciárias portuguesas".

O MNE iraquiano "reitera a vontade de cooperar para o cabal esclarecimento dos factos" e "dá conta da disponibilidade dos filhos do Embaixador iraquiano em Lisboa para serem desde já ouvidos no inquérito em curso, considerando, todavia, ser ainda prematuro tomar uma decisão a respeito do pedido de levantamento de imunidade”.

A nota iraquiana foi remetida esta sexta-feira ao gabinete da procuradora-geral da República para ser considerada no âmbito do inquérito em curso sobre os incidentes de Ponte de Sor.

No dia 17 de Agosto, Rúben Cavaco foi agredido pelos filhos do embaixador do Iraque em Portugal, gémeos de 17 anos.

O jovem alentejano sofreu múltiplas fracturas, tendo sido transferido no mesmo dia do centro de saúde local para o hospital, onde esteve internado até 2 de Setembro.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • 26 out, 2016 00:42
    Então os rapazes. Porque são filhos de embaixador ficam impunes? Esta impunidade vai abrir um precedente p/voltarem a repetir outros crimes porque há leis que protege quem pratica actos bárbaros numa Europa em que todos os cidadãos têm direitos iguais!
  • Felisberto Estrela
    22 out, 2016 Canedo 20:32
    uma forma muito simpática de dizer que não levanta a imunidade a estes assassinos
  • Petervlg
    22 out, 2016 Trofa 10:41
    Deviam ser expulsos de Portugal. cobardes
  • su
    22 out, 2016 lisboa 04:12
    Easy .. tipico ... tavam a espera de milagres vindos de onde a guerra e lancada por tudo e por nada .. Se esse jovem fosse da minha familia fazia com que esses dois fossem ate ao hospital em coma , porque gente dessa funciona assim . Tribunal nao fara nada . E o desgracado que teve em coma vai ter apenas uma historia para contar e com geitinho muitas ameacas .. tristeza ..
  • Americo
    21 out, 2016 Monção 21:37
    A lei dum país deve-se respeitar.Não se respeitou,aplique-se
  • Americo
    21 out, 2016 Monção 21:23
    Prendam-se.Fizeram o mal,aplique-se a pena.
  • diogo
    21 out, 2016 oeiras 21:21
    Desculpe sr. «Caminhante» discordar de sua opinião, sabe eu acrescento a toda a gente desse país.
  • Português
    21 out, 2016 Lisboa 20:52
    Bem. Eles já deram a entender tudo. Eles nunca tiveram vontade de resolver a situação. Se tivessem. Acho que não esperavam o tempo que esperaram para comunicar a decisão deles. Resta a quem de direito levar o assunto até ao fim. Doa a quem doer. O que é certo é que agora já podem apurar a verdade é ouvir a parte ofendida. Não deixem isso cair no esquecimento. Foram atitudes lamentáveis de dois contra um. Talvez se calhar ainda existe alguma coisa que devia de ser bem esclarecida. Do lado iraquiano haverá vontade de resolver isto? Não sei. Haver vamos. Houve agressões ao ponto de uma pessoa ficar em coma. Houvesse o que houvesse nada mas nada deveria ter levado a isso. Apuramento a verdade de tudo. Lembrem se em lado nenhum há Santos. Claro uma maneira de falar.
  • carlosayres
    21 out, 2016 RIO MAIOR 20:17
    Esta resposta do Iraque já era esperada. Nada vai acontecer aos criminosos filhos do embaixador turco, porque eles são grandes e nós pequeninos. Por outro lado, Portugal não está nada interessado em estar de relações diplomáticas cortadas com a Turquia, situação que iria propagar-se a outros países árabes, provocando, quiçá, um incêndio de proporções inimagináveis. Portugal nada tem para oferecer aos árabes, mas eles teem, a começar pelo petróleo. Portugal não vai querer beliscar os otomanos, que se deram ao luxo de afrontar a grande Rússia, abatendo-lhes um avião, numa prova de força entre estes dois países. Aqui, a Turquia ganhou, como vai ganhar na questão portuguesa. Não acredito que as criancinhas do embaixador turco, venham a ser consideradas "personas non gratas" pela diplomacia portuguesa. Há muito em jogo e, nestas coisas, "quando o mar bate nas rochas, quem se lixa é o mexilhão". Tudo isto não passa de meras brincadeiras, mas Rúben Cavaco e os seus familiares é que não lhe acham qualquer graça, tal como os portugueses que amam a sua pátria, que já foi GRANDE. Penso que há conceitos na lei das Nações Unidas (ONU), pois muita coisa haverá a rever, não sendo justificável que elementos dos outros países percorram os nossos territórios de lés a lés, fazendo todo tipo de tropelias, sem que nada lhes aconteça. Não foi tida em conta esta questão, mas estou convicto que, a seu tempo, sê-la-á, para bem de todos.
  • Olha a novidade...
    21 out, 2016 lisboa 20:15
    Isto já era de esperar... O governo Português não exerceu a meu vêr suficiente pressão para que fosse levantada a imunidade, preferiu remeter-se ao silêncio e ao secretismo com a complacência do presidente da República.

Destaques V+