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OE 2017. PSD vai a jogo com propostas mas não entra em discussões de “mercearia”

21 out, 2016 - 07:07

Passos Coelho classifica o Orçamento de 2017 como "mau" e acusa António Costa de implementar um "agravamento de impostos que vem para ficar".

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OE 2017. PSD vai a jogo com propostas mas não entra em discussões de “mercearia”
OE 2017. PSD vai a jogo com propostas mas não entra em discussões de “mercearia”

O PSD admite fazer propostas para o Orçamento do Estado ao contrário do que aconteceu no último ano. Em entrevista ao jornal "Público", Pedro Passos Coelho diz que vai propor ao PSD que o partido vá a jogo, na discussão do OE, mas avisa que não vai entrar em discussões de "mercearia orçamental".

“Iremos também definir, com clareza, que espaço é que pode existir para apresentarmos propostas dentro deste orçamento. Não excluí essa possibilidade”, adiantou.

“Não vamos andar a fazer propostas avulsas, sobe aqui, desde ali”, acentuou, voltando a classificar a proposta do Governo como “um mau orçamento” que, “apesar de aparentemente cumprir os objectivos de redução do défice, não tem uma estratégia de crescimento para o país”.

Na entrevista, o presidente do PSD sustentou que “sem dúvida que o país já saiu da emergência”, que significa ter necessidades para as quais não existem recursos.

Passos Coelho reafirmou que “o Governo foi desastroso a lidar com os problemas do sistema financeiro”, alertando que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos pode gerar problemas noutros bancos.

“Se o Governo decidir provisionar em excesso na Caixa, pode abrir um problema com consequências muito sérias noutros bancos. Julgo que a forma como o Governo está a tratar esta matéria não é de molde a salvaguardar a estabilidade”, considerou.

O líder social-democrata afirmou ainda não entender porque tem havido “um coro muito grande de opiniões” a elogiar o que tem sido feito no sistema financeiro.

Condição de recursos nas pensões mínimas

O presidente do PSD admitiu debater com o Governo a aplicação da condição de recursos em apoios sociais como as pensões do regime não contributivo e apresentar proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2017.

“É justo que se possa ir alargando a introdução de condição de recursos para tudo o que são prestações”, defendeu Pedro Passos Coelho numa entrevista ao jornal Público, publicada hoje, apesar de considerar que “o PS não tem uma transparência muito grande quando fala destas matérias”. Por isso, disse que ficará a “aguardar por aquilo que é a verdadeira intenção do Governo”.

O líder social-democrata alertou, contudo, que existe “um problema de sustentabilidade no sistema social”, pelo que não se poderão “fazer as coisas aos remendos”.

Esta disponibilidade do PSD surge numa altura em que o Governo admite avançar com a aplicação da condição de recursos para o acesso às pensões mínimas no orçamento para 2018.

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  • Vera
    22 out, 2016 Palmela 14:14
    Mercearias? fecharam todas! como é que vamos discutir o que deixou de existir?! agora é hiper's , super's e serviços online! modernize-se Sr. Pedro! já não se fazem barquinhos nem aviõe(s)zinhos de papel! Quem me dera voltar à mercearia do Sr. Chico! ele tinha sempre as contas em dia! (e eu também! as contas batiam todas certinhas! sobrava pouco, mas sobrava qualquer coisa). Depois vieram as taxas! as importações exageradas! e 'tudo o vento levou'... (levou a mercearia e tudo), deram-lhe uma reforma, que cheira a cebolas descascadas.
  • Carlos Mendes
    21 out, 2016 Sintra 19:15
    Este senhor Passos Coelho quando governou é que foi um grande merceeiro. No parlamento nunca respeitou a oposição. Não conseguia aproximar-se da população, porque era sempre assobiado ou até vaiado, porque será? Empobreceu o país. No meu entender nunca defendeu o povo português, mas, teve sempre do lado dos aliados que queriam esmagar o povo português. Defendeu sempre ordenados de miséria. Defendeu sempre reformas de miséria. Quis vender tudo o que não era deste senhor mas era património do estado. Aumentar tudo. Quis descapitalizar o povo português. Infelizmente nem todos resistiram. Ficaram sem casa própria. Ficaram sem emprego. Muitos passaram a viver na rua. Se depois do sacrifício durante os 4 anos, viesse a bonança, mas este senhor queria continuar a empobrecer o país e todos os portugueses, com excepção, dos que foram sempre protegidos. Eu sempre votei no PSD mas este senhor desiludiu-me e fez-me revoltado contra todos os políticos. No caso deste senhor por tudo o que fez, eu tinha vergonha de me prenunciar fosse do que fosse. Mas esta gente não tem vergonha.
  • sem gracinha
    21 out, 2016 lx 16:36
    Os media continuam a promover descaradamente este artista circense! As entrevistas que vai dando são papagueadas por varios media! A entrevista à TVI de ontem do primeiro ministro foi preterida e nem merece ser destácada! São os media imparciais que nós temos! Vale máis a palavra de um aldrabilhas!
  • a entrevista
    21 out, 2016 lis 16:26
    Ao Publico desta personagem é um chorrilho de premonições que dá para concluir que devia de ter vindo de uma consulta de cartomancia!...Deita-se a adivinhar e acorda a pensar no diabo!...que era para ter chegado em Setembro! O que vale é que já não falta muito para as autarquicas.
  • Marco Almeida
    21 out, 2016 Olhão 15:27
    Vindo de um homem que se "esqueceu" de pagar a Segurança Social durante 5 anos esta lenga lenga vale o que vale ou seja zero
  • ao austerid esquerda
    21 out, 2016 lis 14:37
    Não vás ao medico, tratar dessa paranóia e continua a acreditar nos aldrabões pafosos, que vais no bom caminho! O caminho das pedras!
  • 21 out, 2016 aldeia 12:55
    Até o cds já ultrapassou este psd,quando será que aparecerá um novo líder para este partido?
  • AUSTERIDADE ESQUERDA
    21 out, 2016 Lisboa 11:53
    Se o OE é das esquerdas e representa, na visão do pantomineiro Costa, uma viragem da austeridade é deixá-lo ser aprovado pela geringonça pois assim estão e ficam comprometidos com ele mesmo que venham dizer a lenga lenga de sempre que o orçamento é do PS...A hipocrisia, o embuste e o malabarismo político destas esquerdas do caviar representa bem o populismo em que este governo está assente. Um governo que anda sempre em campanha eleitoral e a comprar votos e que gere o país como uma mercearia, sem estratégia, sem rumo e sem futuro e assim se hipoteca o futuro dos tugas. Discordam mas aprovam, aprovam mas discordam...Uns patuscos estes geringonços. Há que esperar pela pancada até apo final do ano kamaradas e depois se vê os amanhas que cantam e o despesismo deste governo como aconteceu no do bandalho do 44, de que estes geringonços são fiéis seguidores. Lamento que Portugal ande sempre de mão estendida com o populista e vendedor da banha da cobra chamado Costa e seus amigos de ocasião...
  • o lider a prazo
    21 out, 2016 lx 11:45
    Lá se vai aguentando com afirmações balofas sempre à espera que venha o "diabo" que ele inventou! O discurso é sempre o mesmo desde 2011. O catastrofismo está-lhe na mente brilhante, do rapazola! Ele só vê os interesses partidários dele e da sua trupe de malfeitores, armados em bons samaritanos, para levarem à certa alguns incautos! A estratégia desta gente é a do quanto pior melhor e da terra queimada, para se apoderarem do poder a qualquer preço, desde que não sejam eles a pagar! O país e os portugueses que se lixem, que emigrem e que deixem de ser piegas!...
  • André
    21 out, 2016 Lisboa 11:40
    O PSD "vai a jogo"? Então mas, no orçamento de 2016, o PSD limitou-se a andar na comunicação social a dizer que nada seria cumprido que o governo teria de pedir um resgate no dia seguinte, que eles estavam prontos a "salvar Portugal novamente" e agora que tudo o que prometeram falhou, já vão a jogo? Vamos ver é que jogo é... Pelos vistos, vão voltar a pedir que o IRC das grandes empresas passe para 3%, que o governo passe a pagar 150% do salário dos jovens, para as empresas terem mais jovens nos quadros e que o estado ignore os direitos alfandegários para as importações das grandes empresas (como são os 84000 milhões de euros que a EDP pode importar sem pagar IVA ou qualquer taxa alfandegária até 2020).

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