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Programa para o interior “não é um regresso ao passado”, diz ministro

20 out, 2016 - 14:38

Das 164 medidas aprovadas estão incentivos à remuneração de médicos, reactivação de 20 tribunais e benefícios fiscais para pequenas e médias empresas.

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“Não é um programa de regresso a um qualquer passado” e não deve ser “centrado numa discussão sobre reabertura de escolas ou equipamentos de saúde”. O aviso partiu do ministro-adjunto do primeiro-ministro, esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros.

O Programa Nacional para a Coesão Territorial, aprovado pelo Governo, tem como principal objectivo combater a tendência de desertificação do interior e promover a sua revitalização. É um programa para quatro anos, com reavaliação prevista a cada seis meses.

No total, são 164 medidas, que não se centram na reabertura de serviços encerrados pelo anterior Governo, sejam escolas ou centros de saúde. Tudo vai depender das necessidades locais e das negociações com as autarquias.

“Programa de igualdade no acesso ao serviço público e de promoção da competitividade numa dimensão de mobilização de investimento privado para o interior. Não é adequado colocar o debate em torno da criação ou encerramento de serviços”, sublinhou o ministro-adjunto.

Eduardo Cabrita ainda deixou claro que não se trata de um programa “de regresso a um qualquer passado”. Pelo contrário, "o PNCT lança uma nova etapa para o desenvolvimento dos territórios do interior, contrariando a tendência de desertificação dos últimos anos", realçou.

Entre as medidas aprovadas estão incentivos de 40% da remuneração base para colocação de médicos em zonas carenciadas, a reactivação de 20 tribunais encerrados e a reclassificação de 23 antigas secções de proximidade, a articulação entre os politécnicos e universidades do interior, e benefícios fiscais para as pequenas e médias empresas que se instalem no interior.

“A valorização deste território que se encontra mais perto dos mercados europeus é uma prioridade do Governo", foi feito "em consonância e diálogo com autarquias e demais parceiros locais, como as universidades", acrescentou ainda o ministro.

O programa, fechado e entregue ao Governo em Setembro, é uma das apostas inscritas nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2017.

O PNCT aprovado pelo Governo teve como base o trabalho de seis meses da Unidade de Missão de Valorização do Interior, coordenada por Helena Freitas.

Comentários
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  • Antenor Santos
    21 out, 2016 Vila Verde - Seia 10:41
    Quando a esmola é grande, o pobre desconfia! Espero "não" viver o suficiente para ver de que estas "boas vontades" não passem disso mesmo!
  • Fausto
    20 out, 2016 Lisboa 20:09
    Viver no meio rural é um privilégio e não é para qualquer um.
  • Americo
    20 out, 2016 Leiria 17:21
    Desculpem, sou e vivo no interior,mas com o devido respeito, é só propaganda. O que este governos nos "fez": - Aumentou-nos os impostos sobre os combustíveis e não podemos usar transportes públicos porque não os temos. - Aumentou e criou impostos indirectos que todos temos de pagar para dar benesses à oligarquia. São somente dois exemplos do aumento da austeridade para que vive no interior. Tudo o resto é treta.
  • F Soares
    20 out, 2016 A da Gorda 17:12
    Caro Rufino, S´concordo com duas coisa no seu post: o poder está em Lisboa e que o despovoamento ( não desertificação...) começou há mais de 100 anos .. Do resto até parece que não sai de casa há mais de 100 anos. Mobilidade reduzida ????? Clima adverso ???? Educação holística não é com certeza um programa de qualquer governo mas sim uma filosofia de educação.... Acho que vive fechado.... Saia à rua e apanhe ar fresco...Ou então vive fechado no alto de uma serra qualquer ( tem todo o direito...) e pense, porque pensar é grátis .
  • F Soares
    20 out, 2016 A da Gorda 16:52
    Onde posso encontrar a lista das 164 medidas ?
  • Rufino
    20 out, 2016 lisboa 16:10
    A desertificação ou abandono do interior tem já mais de 100 anos e é irreversível por mais que tentem que não acontença.O clima é adverso ,o acesso é impossível nas zonas em que neva,os apoios á educação holística não existem,o mar fica a milhas,os eventos lúdicos e científicos ficam longe e inacessíveis,a educação é insuficiente e para a complementar é necessário a deslocação com custos financeiros e de desenraizamento,as praxes não ajudam,a mobilidade esta reduzida,os cuidados de saúde locais limitados ,o acesso aos bens de consumo com menos diversidade etc,etc,,enfim quem quer ir viver pro inferno?Acrescentando que o poder está em lisboa e são olhados com desconfiança os paraquedistas periféricos.
  • transmontano
    20 out, 2016 bgc 15:50
    politiquices.... o melhor mesmo era descentralizar o governo e situa-lo em TRÁS OS MONTES; isto sim seria um bom meio no combate á desertificação....claro a capital continuava a ser Lisboa......exemplo holandês....capital Amesterdão, governo em Haia....superfície de 41 528km2 menos de metade de Portugal......
  • Carlos
    20 out, 2016 Interior 15:50
    E de onde vem o dinheiro? Essa questao tao importante ninguem a coloca.... Seja para este ou qualquer investimento
  • Manuel
    20 out, 2016 Lisboa 15:17
    É mais um plano...só teta.
  • graciano
    20 out, 2016 alemanha 15:06
    reabrir os tribunais e criar mais despesa para o estado nao sao os tribunais e os medicos que produzem riqueza criar mais estruturas publicas significa mais aumento de despesa o governo em vez imagrecer o estado esta a engrossalo para criar tachos e tachinhos e o povo paga andam 2 milhoes de portugueses a trabalhar para com os seus impostos sustentarem 10 milhoes sr ministros sabem quantas pessoas teem que descontar para pagar o ordenado de um deputado de um secretario de estado de um presidente de camera ou presidente de uma junta de freguesia como e que um pais pode sustentar tanto xulo

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