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“Maiores riscos para o Orçamento são externos”, diz Vera Jardim

19 out, 2016 - 18:10

No programa Falar Claro desta semana, Nuno Morais Sarmento mostra-se incrédulo com o facto de o Governo não aprender com as famílias e planear o futuro.

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“Maiores riscos para o orçamento são externos”, diz Vera Jardim
“Maiores riscos para o orçamento são externos”, diz Vera Jardim

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Vera Jardim acredita o maior risco para o Orçamento do Estado, apresentado a semana passada pelo Governo e que agora será sujeito a debate e negociações, vem de fora do país.

Em declarações no programa Falar Claro, emitido ao fim da tarde de terça-feira na Renascença, Vera Jardim diz que “as principais dúvidas sobre o Orçamento são a situação que nós vamos defrontar, sobretudo a situação internacional”, mas destaca também a situação “no sector financeiro em Portugal. Há dois riscos grandes aqui”.

No mesmo programa, o comentador Nuno Morais Sarmento lamenta que, seja quem for que esteja no Governo, não exista capacidade para reduzir a despesa do Estado.

“Mais uma vez se revela a dificuldade, para não dizer a incapacidade, de reduzir significativamente a despesa estrutural do Estado. É, portanto, um Orçamento feito muito à base da receita. Dir-me-ão: ‘não é novidade’, e não é, sabemos que infelizmente, em Portugal, os orçamentos têm sido consecutivamente feitos nos momentos em que é preciso maior arrecadação, à custa de um aumento da carga fiscal.”

“Isto quer dizer que temos uma economia que não dá muitas alternativas. Não é possível, ou não é fácil, pelo menos, ao poder político – partindo do princípio que não são todos descerebrados os que por lá passaram – fora do quadro fiscal, encontrar flexibilidade na nossa economia que permita adaptar o Orçamento às diferentes circunstâncias. Esse é que é o nosso ponto fraco, o nosso ponto fraco está do lado da economia”, afirma.

Para Morais Sarmento, é difícil perceber como é que o Estado não segue o exemplo das famílias, no sentido de planear o futuro. “Se nós nas nossas vidas, nos nossos orçamentos familiares, não pensarmos um bocadinho e não arrumarmos a nossa cabeça, chegamos ao fim do mês e de certeza que o dinheiro não chega. Se todos nós temos de ter estratégia para sobreviver, para aguentar, para organizar receita e despesa, é extraordinário que o Orçamento de Estado não nos aponte nenhuma ideia de futuro e com isso não há nenhuma ideia de esperança.”

O programa Falar Claro é transmitido agora às terças-feiras às 19h00 e repete depois do noticiário das 23h00, na Renascença.

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  • graciano
    25 out, 2016 alemanha 13:53
    cortem as regalias dos politicos diminuam aos deputados criem um tecto salarial cortem os subssidios a quem nunca trabalhou e nao quer trabalhar acabem com os apoios do estado aos partidos diminuam as cameras municipais diminuam os ministros e secretarios de estado e poupam milhoes de euros mas nada disso fazem porque isso era mexer nos bolssos dos politicos e diminuir os tachos dos e para os politicos e amigos
  • Martins
    19 out, 2016 LX 21:45
    Pois é Vera.... Tiques antigos não são fáceis de perder. A culpa é sempre dos factores externos. Típico PS!...

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