19 out, 2016 - 09:30
O Benfica está em Kiev em busca da felicidade que ainda não conseguiu ter na presente edição da Liga dos Campeões. Os tricampeões nacionais defrontam o Dínamo Kiev, para a 3ª jornada do Grupo B, depois de um empate tardio frente ao Besiktas (1-1) e uma derrota de dimensões mais alargadas frente ao Nápoles (2-4).
O contexto
Houve falta de fortuna, em ambos os casos mas o treinador Rui Vitória acredita que a sorte, aliada à capacidade da águia, regressará em pleno Olímpico da capital ucraniana. À procura do primeiro triunfo na fase inaugural da liga milionária, a obtenção do objectivo representará a entrada no trilho da qualificação, até porque as contas do grupo permitem perceber esse mesmo cenário.
O Nápoles lidera a tabela, com seis pontos e depois há três equipas separadas por um ponto. O Besiktas soma dois, Dínamo e Benfica têm um. Vencendo, o emblema da Luz ficará a depender apenas de si próprio para seguir em frente, rumo aos oitavos-de-final.
Rui Vitória não classifica este jogo como "decisivo" mas admite que a conquista dos três pontos é "muito importante". Está tudo dito.
A águia chega a Kiev após duas vitórias consecutivas (Feirense, para o campeonato e 1º Dezembro), defrontando um oponente que tem pautado a presente época pela inconstância exibicional e resultados irregulares. Nos últimos dez jogos, o conjunto de Serguei Rebrov venceu apenas quatro.
As opções
A janela de Outono vai-se abrindo, para Rui Vitória, mas os "reforços" apenas entram a conta-gotas. O Benfica levou 21 jogadores até Kiev. Raúl Jiménez, Júlio César, Grimaldo, Samaris e Jardel, recuperados de lesão, que viajaram com a equipa.
Todavia, no boletim clinico das águias encontram-se ainda inscritos os nomes de André Almeida, André Horta, Rafa Silva e Jonas, enquanto Danilo ficou de fora por opção técnica.
Depois da rotatividade impressa no difícil triunfo sobre o modesto 1º Dezembro (1-2), para a Taça de Portugal, Rui Vitória voltará, na medida do possível, ao figurino que mais garantias competitivas dá. Sem André Horta, é crível que Pizzi pise terrenos mais interiores, juntando-se a Fejsa, no miolo. Cervi deve manter-se no onze, face a esta derivação que permitirá ao "tropa" transmontano assumir um papel primordial na condução de jogo.
Quanto ao Dínamo Kiev, o português Antunes, o ex-benfiquista Derlis González e o finalizador Yarmolenko estão apontados ao onze titular de Rebrov, que não pode contar com os lesionados Garmash e Tsygankov.
Recuperar transcendência de 1992
Há apenas uma temporada, nos anais da história, na qual Benfica e Dínamo Kiev se enfrentaram. O segundo jogo da 3ª ronda da fase de grupos da então Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1991/92 seria dramático para Rui Águas, que sofreu uma lesão grave, em Kiev. Nessa noite, os ucranianos levaram a melhor, por 1-0.
Na primeira volta, na "velhinha" Luz, a equipa de Sven-Goran Eriksson havia goleado por 5-0.
Os encarnados ficariam pelo caminho, já que o Barcelona, vencedor do grupo, seguiria em frente rumo à final, batendo a Sampdoria e conquistando o troféu.
O Dínamo Kiev-Benfica arranca às 19h45, no Olímpico de Kiev, com arbitragem do espanhol Fernández Borbalán e previsão de uma temperatura de 3ºC, sem chuva.
Jogo com relato na antena da Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.
LIGA DOS CAMPEÕES
Grupo B, 3ª Jornada
Estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia)
Árbitro: Fernández Borbalán (Espanha)
EQUIPAS PROVÁVEIS
D. KIEV: Rudko; Morozyuk, Khacheridi, Vida e Antunes; Rybalka; Yarmolenko, Sydorchuk, Fedorchuk e Derlis González; Júnior Moraes.
Treinador: Serguei Rebrov.
BENFICA: Ederson; Nélson Semedo, Jardel, Lindelof e Grimaldo; Salvio, Fejsa, Pizzi e Cervi; Gonçalo Guedes e Mitroglou.
Treinador: Rui Vitória.