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Palácio de Mafra. Mecenato paga obras de restauro na Sala do Trono

11 out, 2016 - 14:43

Os trabalhos, orçados em 50 mil euros, deverão começar ainda este ano e terminar no final de 2017. Ainda que em obras, a Sala do Trono continuará a ser ponto de passagem dos visitantes.

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O Palácio de Mafra vai até ao final do ano avançar com obras de restauro da pintura da Sala do Trono, subsidiadas pela Fundação Millennium BCP, com quem a Direcção Geral do Património Cultural (DGPC) estabelece na quarta-feira um acordo.

O director do palácio, Mário Pereira, disse à agência Lusa que, em mais de 200 anos, vão ser as primeiras "obras de fundo" na pintura mural da Sala do Trono, uma das salas mais nobres do monumento e que integra o circuito de visitação.

"A pintura está a soltar-se do estuque e no tecto há um problema relativamente grave que resultou de infiltrações que houve há uns anos", justificou o responsável, explicando que se trata de "um trabalho de conservação de grande parte da pintura e também de restauro em alguns aspectos que precisam de uma intervenção mais profunda"

Segundo Mário Pereira, as obras deverão começar ainda este ano e terminar no final de 2017, estando orçadas em 50 mil euros.

Para subsidiar a intervenção, a DGCP vai assinar, na quarta-feira, um protocolo com a Fundação Millennium BCP, a única entidade mecenas das obras.

O Palácio de Mafra, cujo fim da construção data de 1735, veio a ter no final do século XVIII uma campanha de decoração mural encomendada pelo então futuro rei D. João VI.

A empreitada veio a ser iniciada em 1804 e teve Cirilo Volkmar Machado como um dos principais pintores da Sala do Trono e de outros espaços do palácio, além de Manuel Piolti.

A Sala do Trono foi decorada "à maneira neoclássica, com alegorias históricas e mitológicas", segundo as próprias memórias do pintor, que representou no painel central do teto o anjo tutelar de Portugal protegendo com o seu escudo, o rei e toda a família real.

O pintor Domingos Sequeira desenhou, por seu turno, as oito figuras murais que representam as virtudes reais e as grisalhas com cenas das campanhas da Índia, que se encontram debaixo destas figuras.

Apesar das obras, o palácio vai manter aberto todo o circuito de visitação, tornando as obras que vão decorrer na Sala do Trono "outra perspectiva de visita", explicou o seu director.

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