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BE contra perdão fiscal. “Não mudámos de ideias"

07 out, 2016 - 00:18

Catarina Martins refere, por outro lado, que o Orçamento do Estado não está ainda fechado.

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A líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, não concorda com aquilo que chama de “perdão fiscal”, medida aprovada em Conselho de Ministros que prevê perdão de juros e custas para quem pague as dívidas da segurança social e ao fisco.

“O Bloco de Esquerda nunca teve uma posição de ser favorável a perdões fiscais desta natureza e não mudámos de ideias. Achamos que a Galp não é uma empresa em dificuldades que precise de um perdão fiscal”, disse.

Em entrevista à SIC, Catarina Martins acrescenta que estes perdões fiscais podem “ter alguns efeitos nocivos na própria economia porque estamos a dizer às pessoas em última análise: ‘Podem não pagar impostos, que depois virá um perdão’”.

Catarina Martins deixou claro que o partido está a avaliar a resposta a dar ao Governo de António Costa.

“Estas medidas a serem aplicadas deviam ser só aplicadas em determinados casos com uma análise da absoluta necessidade disto, é completamente diferente uma família que foi vítima do desemprego e acumulou uma dívida e precisa de um plano de pagamentos especiais ao fisco ou à segurança social ou uma empresa que com a crise pode perder os postos de trabalho, acabou por acumular uma dívida e precisa de um plano ou fazer-se um perdão cego que serve para toda a gente, para quem precisa e para quem não precisa?”, questiona.

O Governo, por seu lado, recusa que esta medida seja apelidada de perdão fiscal, garantindo que as empresas e particulares terão de pagar todos os impostos em dívida. Prefere chamar-lhe uma isenção de juros e custas processuais.

Em comunicado, enviado esta quinta-feira, o executivo garante também que o objectivo não é o encaixe financeiro, mas preparar as empresas para se recapitalizarem a partir de Janeiro do próximo ano.

Nesta entrevista à SIC, Catarina Martins confirma ainda que o Orçamento do Estado para 2017 ainda “não está fechado”.

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  • joao
    07 out, 2016 lisboa 20:28
    Este perdão fiscal tem um nome : rapar o tacho...quando o dinheiro não chega é isto que se faz...
  • martins
    07 out, 2016 dortmund 12:34
    sempre assim foi e sempre assim sera estes esquerdistas que se apolidam senhores da verdade e da democracia que dizem que o povo e quem mais ordena para estarem no poder nao olham a meios para atingirem os fins --nao importa se concordam ou nao concordam o que importa e nao perderem o tacho -sempre assim foi e assim sera quem esta comigo e santo quem nao esta comigo e pecador -- o que interessa nao e governar o pais o que interessa e nao deixarem os outros governar-e a culpa de algo que corre mal e sempre do salazar -mas la diz o costa dimitir os secretarios de estado seria um prejuizo para o pais -entrar em conflito ps be e pcp seria uma desgraca nunca vista no mundo porque ps be e pcp so ha 3 e mais nenhum -la dizia a santa cristina todos os dias me arrependo mas nao encontro padre que me perdo e o pecado -la dizia o santo geronimo este nao e o nosso orcamento mas nao podemos deixar o santo costa cair do altar-e os sindicatos bom esses nem dizem nada porque se disserem outro sindicato vermelho se pode formar-e os outros partidos bom os outros partidos sao simples minorias devem baixar a bola porque nao sabem jugar de cabeca--entao e o ze povinho bom o ze povinho com toda a ma nutricao a que esta sujeito nao tem tem forca nem na garganta nem nas pernas para se manifestar ese o tentar fazer sera acusado de fascista -entao o melhor e deixar andar o comboio mesmo que este va por fora dos carris
  • Jorge Mendes
    07 out, 2016 Leiria 10:10
    Que GRANDE SAPO, que o Bloco e o PCP vão ter que engolir!...então, onde está a contestação que houve em 2013?
  • Jorge Mendes
    07 out, 2016 Leiria 10:05
    Porque se calou Mortágua, ontem no parlamento? só manifestam as suas ideias quando não estão em conivência de interesses?
  • Sou contra
    07 out, 2016 Porto 09:57
    Ora bem...o BE é contra, o PCP é contra, como vão aprovar esta medida ou vai ser como as outras em que são contra muito baixinho? Como quando o Secretario de Estado foi passear com a GALP e eles disseram muiiittooo baixinho que ele se devia demitir? Ele ainda lá está e o assunto nunca mais foi falado...Noutros tempos, e ainda hoje pediam a cabeça do governante todos os dias na Assembleia e nos jornais...enfim, é como os Sindicatos. Quando nos vendemos em troco de uns votos e uns poleiros a seguri temos que engolir uns sapitos e uns sapões em nome da "cousa nostra".
  • caveira
    07 out, 2016 lisboa 09:28
    a absoluta necessidade advém do facto de não cumprirem o objetivo do deficit com que se comprometeram em Bruxelas se não recorrerem a estes coelhos tirados da cartola em desespero de causa. Ou pensavam que era só gastar e reverter e que não era preciso arranjar dinheirinho para essas diatribes populistas?

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