01 out, 2016 - 16:36 • Aura Miguel
O Papa visitou este sábado a Catedral Patriarcal Svetitskhoveli, em Mtskheta, a Igreja mais antiga da Geórgia. Aqui guarda-se, segundo a tradição, a túnica de Cristo - pretexto usado por Francisco para falar de unidade e diálogo.
“A túnica sagrada, mistério de unidade, exorta-nos a sentir uma grande amargura pelas divisões que se foram consumando entre os cristãos ao longo da história: são verdadeiras e concretas lacerações infligidas na carne do Senhor. Ao mesmo tempo, porém, a ‘unidade que vem do Alto’, o amor de Cristo que nos reuniu dando-nos não apenas o seu vestido, mas o seu próprio corpo, impelem-nos a não nos resignarmos mas, seguindo o seu exemplo, a oferecermo-nos a nós mesmos estimulam-nos a uma caridade sincera e à mútua compreensão, a recompor as lacerações, animados por um espírito de clara fraternidade cristã”, disse.
Este baluarte dos ortodoxos acolheu o Sumo Pontífice sem momentos de oração, pelas dificuldades que ainda existem no caminho ecuménico. O caminho da unidade passa por gestos concretos de amor, oração e ajuda aos outros, sobretudo os mais pobres e desamparados.
Francisco quis dar o exemplo disto mesmo ao visitar um centro de acolhimento para doentes, porque o exercício da caridade facilita a unidade.
Depois da Geórgia, o Papa segue este domingo para o Azerbaijão.
A Renascença com o Papa Francisco na Geórgia e no Azerbaijão. Apoio: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa