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Bruxelas exige saída de mais de 500 funcionários do Novo Banco

30 set, 2016 - 09:15

Comissão de trabalhadores reage com surpresa e lembra que no primeiro semestre já foram dispensados 1.000 colaboradores.

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Caso não seja vendido até ao final do ano, o Novo Banco terá de dispensar mais de 500 funcionários por exigência da Comissão Europeia. No primeiro semestre já foram dispensados 1.000 colaboradores.

Esta é uma das penalizações impostas por Bruxelas caso a venda não ocorra antes de 31 de Dezembro, segundo o “Negócios”.

A comissão de trabalhadores do Novo Banco reage com surpresa à exigência de Bruxelas. À Renascença, Rui Geraldes garante já ter pedido explicações à administração.

“Estamos absolutamente contra este despedimento, uma vez que acabámos de sair de uma redução de mil postos de trabalho e achamos que não há necessidade de avançar com mais despedimentos”, disse.

Mas o banco liderado por António Ramalho terá ainda de fechar balcões e cortar nos custos. A Comissão exige uma redução que pode ir até aos 250 milhões de euros em vez de 150 milhões.

Mas a rede de balcões terá de encolher para pelo menos 450 agências. Outro dos objectivos é que o Novo Banco irá ter de transferir para o “side bank” - divisão que concentra os negócios e carteiras não estratégicos - novos activos.

Escreve o jornal que as novas regras constam de uma decisão da comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager.

Decorre o segundo processo de venda, depois de o primeiro processo ter sido suspenso em Setembro passado, com o Banco de Portugal a considerar que nenhuma proposta era interessante.

Em Julho, numa carta para a Comissão Europeia, o Governo garantiu que não iria injectar mais dinheiro e que se o banco não for vendido será liquidado.


Comentários
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  • Poisé!
    30 set, 2016 do cemitério 13:35
    Oh Otário da quinta, eu percebo o Sr. Jorge Pereira, o que se trata aqui é de pessoas que vão para o desemprego, que terão a sua vida difícil e muito, que vão ter dificuldades acrescidas ao seu modo habitual de viver...não é pelos privilégios de que falas, o mal de vocês é este, só vê as coisas de um lado, o resto não interessa...Quem se ensaca bem são os gestores e mesmo assim ainda são incompetentes e levam os bancos à falência. Fazes lembrar os que estão sempre contra os funcionários públicos, mesmo quando existem muitos que ganham um pouco acima do salário mínimo, que tiveram cortes, perderam muito da sua dignidade, que têm o seu salário congelado, mas que ainda aparecem aqueles que acham que eles não são pessoas que precisam de viver, são beneficiários e ainda os discriminam. Então para ti a melhor forma é despedir, ainda queres ver mais no desemprego e na pobreza. Irra que vocês dão vômitos....
  • Vamos exigir
    30 set, 2016 lx 12:55
    Que saiam milhares de "funcionários" que se instalaram em Bruxelas para se reformarem principescamente aos 55 anos!...E nós a pagarmos!
  • Otário cá da quinta
    30 set, 2016 Coimbra 12:01
    Ó Sr. JORGE PEREIRA: O sr. escreve bem o seu pensamento e até se vê que não deve gaguejar, mas diga-me cá um coisinha. Cá no Distrito onde eu vivo - COIMBRA, têm fechado muitas lojas, basta ir à baixa de Coimbra e ver, e todas essas lojas tinham 2,3, 4 e mais empregados e eles, empregados, lá foram tratar da vida deles conforme poderam e essas lojas fecharam por os donos não " TEREM " possibilidades de as manterem abertas e eu NUNCA TIVE CONHECIMENTO QUE ALGUEM DA POLITICA VIESSE INTERVIR COM FINANCIAMENTO PARA QUE ESSAS LOJAS SE MANTIVESSEM ABERTAS, mesmo com o dinheiro dos contribuintes. Agora diga-me cá, se quiser dizer: Sendo os bancos entidades privadas, porque temos nós, os NOVE MILHÕES DE PALERMAS DE PORTUGUESES (OS OUTROS NÃO ), de ter que andar a financiar estes bancos, para que alguns mantenham os seus empregos e com bons ordenados, sim, porque esta foi e é, uma das classes privilegiadas, já o era no tempo de Salazar ? CONTINUAM A TER QUE SER PRIVILIGIADOS ? ------------------- R E P I T O : Se uma mercearia vai à falência - O ESTADO NÃO INTERVEM ; sendo um BANCO, lá tenho eu e outros PAPALVOS de entrar , para manter ESTA MALTA! É ISTO QUE O SR. JORGE PEREIRA QUER ? !
  • CAMINHANTE
    30 set, 2016 LISBOA 11:54
    Bruxelas é que manda... nós deixamos. Grandes movimentações entre a Alta Finança, com Banqueiros a querer "comer" outros Banqueiros... guerra aberta, embora encapotada.
  • Poisé!
    30 set, 2016 do cemitério 11:26
    É só exigências da parte deste nojo de bruchelas. Exigem despedimentos, como se as pessoas não contassem para nada e como pudessem viver sem trabalho, como não precisassem de pagar as suas contas, de sustentar uma família e de terem direito à sua dignidade. Nazis!!! É para isto que es está numa u.europeia, para se estar subjugado às ordens destes bichos sem escrúpulos. Cambada de Noj---tos. Deviam de viver sem os tachos e sem dinheiro, que queria ver o que eles iam pensar. Enoja-me esta escumalha!
  • Jorge Pereira
    30 set, 2016 Lisboa 10:01
    Se me permitem o reparo, seria muito importante detalhar de forma clara e pública a razão de ser de um despedimento tão grande de funcionários. É claro que as condições de solvabilidade do NB terão de ser consideradas para que as medidas e tomar permitam a sua manutenção para o futuro. Mas não posso deixar de dizer que me aflige muito que sempre que estas medidas de contenção são aplicadas recaiam sobre os funcionários deste banco, em concreto, ou de outros em semelhantes condições, como já ouvi para a CGD. As soluções devem considerar a realidade económica e financeira do banco, certamente, mas terão de ter em conta que há pessoas envolvidas nisto e as pessoas não são pura e simplesmente descartáveis como cadeiras e mesas. A União Europeia terá de repensar as suas soluções considerando nas mesmas uma preocupação social e humana. A questão que deixo é só esta: Será necessário despedir assim tanta gente? Não será possível uma outra solução que evite mais situações de desemprego e agravamento das condições de vida de mais famílias?

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