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Catarina Martins. Debate das sanções em altura de Orçamento “não é por acaso"

30 set, 2016 - 00:51

Líder bloquista considera que o debate do Orçamento vai ser feito em "circunstâncias difíceis" por estar, simultaneamente, a ser discutido em Portugal e em Bruxelas.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) diz que "não é por acaso" que o debate das sanções europeias se faz no momento em que se discute o Orçamento do Estado para 2017.

"O objectivo é tentar limitar as possibilidades do Parlamento Português na construção do orçamento, querendo fazer do défice o alfa e o ómega de todo o debate", afirmou Catarina Martins durante uma sessão pública, em Matosinhos, no distrito do Porto.

A bloquista realçou que o défice foi o alfa e o ómega de toda a política de direita e o que conseguiu foi "apenas" que o défice não ficasse controlado e que a dívida pública aumentasse, enquanto as pessoas viviam pior.

O debate do Orçamento vai ser feito em "circunstâncias difíceis" por estar, simultaneamente, a ser discutido em Portugal e em Bruxelas, entendeu.

"A aceitação pelo nosso país e pelo Governo PS do Tratado Orçamental e do Pacto de Estabilidade leva a que tenhamos esta situação aberrante de estarmos a discutir, ao mesmo tempo, no Parlamento e na Comissão Europeia um orçamento", acrescentou.

Às dificuldades que vão surgir na negociação do OE 2017 acresce uma outra, que é o próprio sistema financeiro português, porque, ressalvou, a direita adiou problemas para fazer de conta que havia uma saída limpa e deixou heranças tão pesadas como o Banif ou o Novo Banco.

Catarina Martins salientou que a Comissão Europeia discute com o Parlamento Europeu se deve impor sanções a Portugal por incumprimento da meta do défice de 2015 - como a suspensão de fundos comunitários - depois de o Governo anterior ter "feito tudo" o que a Europa mandou.

"Deve-nos fazer pensar que absurdo é este em que estamos metidos. Não tem nenhum sentido que a Comissão Europeia, que impôs medidas de austeridade ao país, venha agora querer impor sanções por termos feito tudo o que Bruxelas mandou e, por causa disso, as contas ficaram pior e penaliza-nos piorando as contas com a suspensa de fundos estruturais", realçou.

A líder do BE garantiu que o partido vai lutar para que não haja suspensão de fundos e gostaria que a Comissão Europeia tivesse bom senso, mas considerou que esse já "emigrou há muito".

Na sua opinião, o que é exigido ao Parlamento não é que continue tudo como estava, mas que seja capaz de mais.

"Se em 2016 foi possível iniciar um caminho de recuperação de rendimentos, 2017 não pode ser o ano em que fica tudo igual, por isso, precisamos de dar passos em frente no Orçamento de Estado", considerou.

Comentários
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  • Zé Pateta
    30 set, 2016 Figueira da Foz 22:25
    Aproveito aqui para fazer um reparo à Sra. Catarina e a todos os partidos que protegem o Governo e bem assim aos SINDICATOS, a propósito dos aumentos dos ordenados dos Funcionários Públicos e aos Pensionistas e Reformados. Creio que já é tempo de acabar com esta REGRA DE AUMENTO POR PERCENTAGEM, que resulta sempre que quem mais ganha, mais aumento tem e os aumentos dos produtos sobem de igual modo para todos. Para que os aumentos fossem moralmente honestos deveria ser assim e apresento duas formulas: Supondo que a média dos ordenados na Função Pública é de 1.500,00 €, aplicando 4% de aumento = 60,00 € para todos os vencimentos, porque a formula que se tem usado é desonesta, dado que quem ganha 5.000,00x 4% = 200,00 € de aumento, e quem ganha 500,00 € x 4% = 20,00€ de aumento !NÃO É HONESTO. Ou então seguir a Regra de Três pela ordem INVERSA, aplicando a mesma percentagem para todos , QUE DARIA A QUEM MAIS GANHA - MENOS AUMENTO QUEM MENOS GANHA - MAIS AUMENTO . e o Estado ainda ficaria a ganhar. OLHEM, O QUE O ESTADO VAI BUSCAR AO NOVO JOGO MILHÃO = 20% = 200.000 € por semana só no prémio (Quem ganha só recebe 800.000 € , e em 52 semanas, dá 10.400.000,00 €. o que é uma linda fatia para o Orçamento.
  • graciano
    30 set, 2016 alemanha 09:19
    essa catarina penssa que e dona do pais e santa milagreira devia remeter se a sua insgnificancia eleitoral e ir para o teatro mas o ps e o costa coitadinhos nao podem sobreviver sem ela o que mais odeio nesses milagreiros da esquerda e que a culpa de todos os males e sempre dos outros levam o pais a banca rota e a culpa e dos outros se em 20016 fizeram algo de bom agradecam ao anterior governo e ao sacrificio do povo quanto a uniao europeia e aos imigrantes se nao fosse a uniao europeia e nos os imigrantes portugal seria o pais mais pobre do mundo ou nao sabem que a maior parte das exportacoes portuguesas sao conssumidas por nos imigrantes enquanto nesse pais continuar a haver tanto politico a viver sem nada fazer a nao ser andar por ai a dizer burrices a enganar o povo e a viver a custa do suor de quem trabalha esse pais sera sempre um pais de 3 mundo ja tive orgulho em ser portugues hoje sinto vergonha nao de ter nascido portugues mas de ver na mer-da que esse pais se encontra por merito desses politicos que falam em nome do povo dos trabalhadores em nome da liberdade da democracia de desigualdade que dao com a esquerda e tiram com a direita que enrriquecem enquanto quem trabalha cada vez esta mais pobre que nacionalizam empresas que dao milhoes de prejuizo ao pais que defendem um sns que de saude nao tem nada que nacionalizaram as caixas de previdencia para recebermos uma reforma que nao da para pagar a renda da casa que todos os dias fazem leis para proteger os politicos
  • A.FERREIRA
    30 set, 2016 Queijas 09:07
    ESta de ter havido recuperação de rendimentros tem muito que se lhe diga. Realmente repuseram a sobretaxa e as deduções que tinha feito aos funcionários publicos. Só que os impostos levaram tudo isso e ainda sobrou. doutra forma o valor dos impostos cobrados não tinha subido em relação a 2015. NÃO SE ESQUEÇA QUE QUEM ACABA POR PAGAR OS IMPOSTOS É SEMPRE A PESSOA INDIVIDUAL. As empresas pagam depois de o cobrarem ao público.É esta a verdade doa a quem doer
  • joao
    30 set, 2016 lisboa 06:10
    Segundo o Instituto Nacional de Estatística , dados divulgados ontem, o défice definitivo de 2015 ficou 4,4% do PIB ( com o Banif ) ou seja em 2,8% do PIB ( sem efeito Banif ) e o crescimento económico em 1,6% do PIB. Espero que não andemos para trás outra vez ...

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