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Comissão Europeia reitera posição de independência face a candidatura de Georgieva

29 set, 2016 - 12:29

Kritalina Georgieva juntou-se à corrida ao cargo de secretário-geral. A vice-presidente da Comissão é apoiada por Angela Merkel e representa uma séria ameaça para António Guterres.

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A Comissão Europeia reforça que vai agir com total transparência e independência no que respeita à candidatura da vice-presidente Kristalina Georgieva ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas.

"Reitero que durante este período de licença sem vencimento durante o mês de Outubro, a Comissão e Kristalina Georgieva irão garantir, em total transparência, que a campanha dela como candidata para o cargo de secretário-geral da ONU não vai de forma alguma forma ter impacto nos recursos ou na independência da Comissão", declarou o porta-voz Margaritis Schinas, esta quarta-feira, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.

Um dia após o anúncio da candidatura, o assunto voltou a ser abordado, tendo Margaritis Schinas reiterado que a Comissão concedeu uma licença sem vencimento a Georgieva, durante o mês de Outubro, para que a vice-presidente possa “fazer a sua campanha, juntamente com outros candidatos europeus neste processo" e sem recurso a quaisquer meios do executivo comunitário.

Questionado sobre se a ausência de Georgieva, por pelo menos durante um mês, não terá efeitos negativos nas negociações em curso sobre o orçamento da União Europeia para 2017, o porta-voz defendeu que "não há qualquer vazio" e apontou que o comissário nomeado para a substituir temporariamente – Gunther Oettinger, que acumulará assim os "dossiês" do Orçamento e Recursos Humanos (da responsabilidade da comissária búlgara) com a pasta da Energia – "tem mandato durante este período para desempenhar inteiramente os deveres institucionais da Comissão nesta área".

Na quarta-feira, numa reunião da comissão de Orçamentos do Parlamento Europeu, alguns membros, entre os quais o eurodeputado português social-democrata José Manuel Fernandes, coordenador do Partido Popular Europeu (PPE) para esta comissão, criticaram a candidatura da comissária Kristalina Georgieva à liderança da ONU, considerando que a mesma é prejudicial à União Europeia.

O anúncio da substituição da candidata búlgara (de Irina Bokova por Kristalina Georgieva) foi feito nesse mesmo dia. A nova candidatura merece o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel. Georgieva é considerada uma adversária mais difícil para o ex-primeiro-ministro português António Guterres, que tem liderado as votações no Conselho de Segurança.

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