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Sete pessoas libertadas de trabalho escravo em Trás-os-Montes

27 set, 2016 - 12:39

Os cidadãos libertados são estrangeiros, tal como uma outra pessoa detida no âmbito da operação policial. A PJ não especifica o local dos factos, referindo apenas, em comunicado, o "sul do distrito de Bragança".

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Um cidadão estrangeiro foi detido e foram libertadas sete pessoas, também de nacionalidade estrangeira, que estariam a ser exploradas em trabalho escravo no sul do distrito de Bragança, informou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

O suspeito de recrutar e escravizar as alegadas vítimas tinha residência em Carrazeda de Ansiães, mas acabou por ser detido no país de origem, que as autoridades não divulgaram, no âmbito de mandados de detenção europeus.

Extraditado para Portugal, o homem de 29 anos, foi presente às autoridades judiciárias competentes junto do Tribunal de Vila Flor, onde foi interrogado, tendo ficado a aguardar julgamento em prisão preventiva, segundo a PJ.

O indivíduo é suspeito dos crimes de tráfico de pessoas, sequestro e escravidão e foi detido no âmbito de uma investigação que levou “à identificação de um grupo criminoso com laços familiares de nacionalidade estrangeira, fortemente indiciado pela prática continuada de crimes de tráfico de pessoas para exploração laboral”.

As vítimas, de acordo com as autoridades, “todas com dificuldades financeiras no país de origem onde exerciam actividades laborais indiferenciadas, eram aí recrutadas pelos suspeitos, para a prestação de serviços na área da agricultura na região de Trás-os-Montes”.

A PJ divulgou que o recrutamento era feito com a promessa de “trabalho e condições dignas, incluindo remuneração, transporte de e para os locais de trabalho, alojamento e alimentação”.

“No entanto, em lugar das condições oferecidas pelos recrutadores, era-lhes retirado o passaporte quando chegavam a Portugal e forçadas a trabalhar contra a sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica, sendo coagidas a laborar numerosas horas diariamente (das 5h00 às 22h00), sem folgas e sem salário”, adianta a Polícia, em comunicado.

Segundo ainda a PJ, “esta prática criminosa perdurou, pelo menos, de Abril a Junho do corrente ano, até que duas das vítimas conseguiram fugir do local onde pernoitavam e denunciar a situação às autoridades policiais”.

A PJ e a GNR de Mirandela procederam, então “à libertação de mais sete pessoas que se encontravam nas mesmas circunstâncias no local e providenciado pelo retorno assistido das mesmas para o seu país”.

No decurso das investigações veio a ser identificado o principal responsável por esta actividade criminosa, um cidadão estrangeiro de 29 anos de idade, com residência em Carrazeda de Ansiães, que entretanto tinha fugido para o seu país de origem.

Por solicitação da PJ, e em concertação de esforços com as autoridades policiais estrangeiras, foram cumpridos mandados de detenção europeus no âmbito do inquérito, sendo aquele suspeito detido no seu país de origem já no decurso do corrente mês.

Comentários
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  • ocsav
    18 jan, 2017 BRAGA 09:20
    Não é dificil saber a origem deste garoto,agora debaixo de prisão, só vos posso dizer que é ROMENO
  • Nuno
    27 set, 2016 V.N.Gaia 17:02
    Uma coisa me intriga! porque não dizem a nacionalidade de tais mafiosos? Porque a escondem? Quem recruta esta mão de obra escrava é tão mafioso como os mafiosos, senão pior.
  • António
    27 set, 2016 Vila Real 16:45
    José Saraiva,já na sua região que conheço bem,há muitos azeiteiros,deixe lá que também mora numa região jeitosa.muito á frente realmente
  • JOSÉ
    27 set, 2016 MIRANDA 16:27
    EM trás-os Montes existem pessoas sérias honestas e trabalhadoras, os chicos espertos estão nas grandes cidades e muitos deles são transmontanos infelizmente. Por viverem nas grandes cidades não deveriam esquecer as suas origens, bem como aqueles que não sendo transmontanos e se julgam mais que os outros por serem ou por viverem fora desta região.
  • desatina carreira
    27 set, 2016 queluz 16:21
    eram todos estrangeiros mas de que parte do mundo não gosto de noticias por a metade
  • Pedro
    27 set, 2016 Castelo Branco 15:30
    É muito triste que ainda aconteçam estes casos deviam ser castigados com pena máxima.
  • atento
    27 set, 2016 Aveiro 15:17
    A pena justa a ser atribuída, era trabalhar o resto da vida a pão e água sem salário!
  • GURU
    27 set, 2016 lisboa 14:50
    É preciso ir a trás-os -montes!!! Em Lisboa conheço casos!
  • José Saraiva
    27 set, 2016 Viseu 14:49
    Em "Trás-os-Montes" foi sempre assim....só existem DOIS TIPOS de pessoas...os CHICO-ESPERTOS e os BURROS..como estes últimos são cada vez mais raros ou fogem da REGIÃO, há necessidade de IMPORTAR e CATIVA-LOS...

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