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Famílias numerosas propõem criação de licença especial para férias

21 set, 2016 - 23:48 • Hugo Monteiro

Barómetro de Férias da Associação de Famílias Numerosas adianta ainda que a maioria opta por ficar em casa nas férias.

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São 32 os dias em que, em média, os filhos passam sem a presença dos pais em tempo de férias. A conclusão está no primeiro Barómetro de Férias da Associação de Famílias Numerosas.

Os mais de 740 inquiridos afirmam mesmo que, por vezes, é mais barato um dos pais tirar uma licença sem vencimento. As famílias ouvidas propõem até a criação de uma licença especial para o acompanhamento dos filhos nas férias.

Ana Cid Gonçalves, da Associação de Famílias Numerosas, reconhece que esta ideia merece reflexão. “Muitas vezes sai mais barato um dos pais tirar licença sem vencimento do que colocar os filhos em actividades de ocupação de férias. Há até famílias que propõem a criação de uma licença especial para acompanhar os filhos nas férias que seja diferenciada da licença sem vencimento. É uma proposta que merece reflexão e ponderação”, disse.

Para as famílias numerosas, a solução passa por colocar as crianças em casa dos avós, outros familiares ou então em casa de amigos. Tudo porque as actividades propostas pelas escolas e pelos campos de férias, são excessivamente caras.

O Barómetro aponta para que metade das famílias numerosas opte por ficar em casa nas férias, sendo que os pais conseguem passar, em média, 19 dias de férias, em conjunto com os filhos.

Quem sai de casa, opta por ficar em Portugal, onde, diz Ana Cid Gonçalves, continuam a existir constrangimentos para quem tem três ou mais filhos.

A secretária geral da Associação portuguesa de Famílias Numerosas conclui que Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer.

“Portugal ainda não tem soluções que se enquadrem daquilo que são as necessidades das famílias numerosas. Há alguma oferta de apoio à família, mas relativamente às famílias numerosas têm constrangimentos e necessidades específicas que não estão acauteladas”, acrescenta.

Este primeiro Barómetro Férias 2016, da Associação de Famílias Numerosas, baseou-se em 743 inquéritos, realizados nos meses de Julho e Agosto, e cujas questões reportavam-se aos últimos três anos de férias dos inquiridos.

Comentários
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  • Joaquim Baptista
    22 set, 2016 Lisboa 09:58
    Todos precisam de férias. Todos. Deveríamos ter atenção às crianças, a educação está em todas as vertentes para ricos e pobres. Se as crianças viverem o mesmo ambiente social, serão adultos mais solidários. Os Municípios podiam criar intercâmbios de férias para os seus alunos. Tal como as Câmara de França onde os seus alunos vão acampar ou em deslocações culturais durante 15 dias.
  • José Seco
    22 set, 2016 Lisboa 09:09
    Falta de dinheiro não têm! Na maior parte das vezes trabalham bem menos que a maior parte das pessoas e ganham bem mais visto que quem muitos filhos em Portugal tem ocupa cargos bem remunerados! De férias precisam aqueles que ganham mal e trabalham como escravos!!

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