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​Faculdade troca praxes por apanha da batata

07 set, 2016 - 13:14

Ministro do Ensino Superior já apelou ao fim das praxes académicas, prática que considera “fascizante”.

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A Católica Lisbon Business and Economics vai trocar a praxe por uma apanha solidária de batatas. O objectivo é minimizar o desperdício e doar as batatas recolhidas a instituições de caridade.

Em declarações à Renascença, o director da Católica Lisbon Business and Economics, Francisco Veloso, explica que, por algumas horas, caloiros e alguns veteranos de economia e gestão vão trocar os livros pelo campo.

“Vamos juntar os caloiros, uns quantos veteranos e vamos para um campo apanhar batata. O que é que é relevante nesta apanha da batata? É que é essencialmente a batata que não é apanhada pelos meios mecânicos e que, portanto, seria tipicamente desperdiçada no campo. Assim é recolhida pelos nossos alunos e doada a instituições de caridade”, afirma.

Francisco Veloso diz que o momento terá dupla vantagem. “É uma oportunidade para juntar os novos alunos e antigos alunos, falar sobre a perspectiva da vida nesta nova comunidade a que os caloiros agora se juntam e contribuir para a comunidade através desta 'lógica da batata' com nós lhe chamamos”, remata.

A iniciativa terá lugar numa altura em que, à beira do início do ano lectivo, relança-se o debate em torno das praxes académicas.

O ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, classificou as praxes académicas como "uma prática fascizante" e recordou, numa carta aberta recente, que "o ingresso no ensino superior tem sido sistematicamente marcado por práticas contrárias aos ideais de liberdade, crítica e emancipação dos jovens".

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Cunha, (CRUP) está "genericamente de acordo" com a posição do ministro do Ensino Superior, contra as praxes e defende que os "comportamentos inadequados" só terão fim "quando os estudantes perceberem que não fazem sentido".

Comentários
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  • Fátima Silva
    08 set, 2016 Guimaraes 06:25
    A praxe considerada integração no grupo. Já foi. Qualquer acção é aceite. Graças a Deus que alguém viu a vontade de fazer algo diferente mas que o resultado é muito bom. Bem haja.
  • Patrícia
    07 set, 2016 Chaves 20:22
    Vou pra faculdade paga apanhar batatas? E isso substitui as praxes???? Acordem pra vida ignorantes.... se quiser ser voluntário de algo não necessito de ir pra faculdade..... ridículos
  • anonym
    07 set, 2016 Lisbon 16:14
    Só agora, é que se percebe, que quem de Direito acordou para a tomada de posição acertada! Chega de estupidez! Chega de olhos fechados para práticas deploráveis e bandidas! Chega de conspurcar o Ensino Superior rebaixando-o a níveis inferiores a ZERO! Haja muito juízo e Vergonha na cara!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!ARRE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11
  • armando castro
    07 set, 2016 BRAGA 16:14
    COMO HOMEM E CIDADÃO NADA DE UTIL TIMHÃO AS PRAXES ANTES ME METIÃO NOJO PARABENS A QUEM ASSIM PROCEDE.
  • José Saraiva
    07 set, 2016 Viseu 15:50
    finalmente algo de bom...
  • Nunes
    07 set, 2016 Braga 15:36
    Ora cá está uma boa iniciativa. Espero que seja o inicio de algo muito positivo no que toca as praxes
  • Rodrigo Versos
    07 set, 2016 Bragança 15:34
    Fascista e fascizante é o ministro. Além disso, o ministro deveria, antes de emitir qualquer opinião, falar com quem se dedica ao estudo da praxe (pelo menos para perceber a origem e os fundamentos que presidem à existência da mesma). Os abusos (a existirem) são praticados por quem não devia frequentar o ensino superior. Fui praxado e ninguém praticou quaisquer abusos.
  • Portugues
    07 set, 2016 Porto 15:16
    AHHH, ASSIM SIM MARAVILHOSA JUVENTUDE DE PORTUGAL.
  • Sepol
    07 set, 2016 Bragança 15:13
    Muito bem!
  • manuel
    07 set, 2016 porto 14:54
    excelente ideia,muinto positivo

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