31 ago, 2016 - 11:18
O consumo medicamentos anti-ulcerosos mais do que duplicou entre 2006 e 2015, indica esta quarta-feira o Infarmed.
No ano passado, os portugueses adquiriram 6,8 milhões de embalagens – mais 120% do que 10 anos antes.
O aumento levou a Autoridade do Medicamento a analisar o caso, tendo em conta que, no longo prazo, o consumo deste tipo de medicamentos provoca efeitos adversos, como infecções pulmonares ou a redução da absorção de cálcio.
Além disso, a acidez gástrica, lembra o Infarmed, pode ser controlada com alteração do estilo de vida e recurso a outros fármacos com efeitos menos adversos.
As duas substâncias mais utilizadas em Portugal em 2015 (omeprazol e pantoprazol) correspondem àquelas com menor custo para o utente.
Quanto aos encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com estes medicamentos, diz o Infarmed que apenas em 2010 houve uma inversão na tendência de subida, na sequência da redução do preço dos medicamentos genéricos do omeprazol em 35%.
Os encargos passaram de 133 milhões para 45 milhões de euros entre 2010 e 2011.