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Dívidas e custos agravam contas do Serviço Nacional de Saúde

31 ago, 2016 - 08:07

Mais despesa com igual financiamento fizeram aumentar o défice das unidades hospitalares.

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As contas dos hospitais empresa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) agravaram-se no primeiro semestre do ano face ao mesmo período de 2015.

Os dados são da Administração Central dos Sistemas de Saúde, segundo a qual os custos subiram – em parte, com a reposição de salários – a dívida total cresceu mais de 15% e o atraso no pagamento a fornecedores aumentou 33%.

Os custos agravaram-se em 48 milhões, estando agora nos 142 milhões negativos: destacam-se os aumentos com as horas extra e suplementos (7,2%), os custos com pessoal (4,9%) e com fornecedores de serviços externos (4,3%).

Só com os aumentos com horas extra e suplementos, sobretudo aos médicos, são 768 mil euros por dia, no primeiro semestre do ano.

Com mais despesa e o mesmo financiamento, os défices das unidades hospitalares agravam-se.

Quanto à dívida total dos hospitais cresceu 194 milhões de euros e está agora nos 1,45 mil milhões. Quem sofre são os fornecedores externos, cujos pagamentos em atraso aumentaram 168 milhões de euros.

Só os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo têm 430 milhões de euros de pagamentos em atraso, de um total de 681 milhões.

Aos jornais desta quarta-feira de manhã, a tutela garante que está tudo em linha com o programado e assegura que o fornecimento de bens e serviços ao SNS não está em risco.

A Renascença pediu um comentário ao Ministério da Saúde que promete divulgar um comunicado sobre o assunto nas próximas horas. Ao que tudo indica, o ministro Adalberto Campos Fernandes vai garantir que o Orçamento da saúde está controlado e as notícias da derrapagem são exageradas.

Comentários
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  • ver para crer!
    31 ago, 2016 Santarém 22:51
    O problema maior é se estas e outras despesas vão ficando camufladas para esconderem o verdadeiro défice e inflação e no dia em que chegar a hora da verdade nem já nova troika nos salvará, espero que em Bruxelas estejam bem atentos a todas estas manobras para não voltarmos a 2011, já existem muitos rumores de dívidas em atraso para esconder o verdadeiro défice e se há queixas é porque será verdade, portanto seria bom que todos os que governam este país começassem a ser mais responsáveis e punidos judicialmente quando não cumprem o seu dever.
  • Rui
    31 ago, 2016 Lisboa 15:09
    Aumenta os custos no serviço nacional de saúde é uma boa notícia prefiro o meu dinheiro esbanjado nisso do que em banifs e afins.
  • Eborense
    31 ago, 2016 Évora 12:01
    "Desde 2013 que o consumo não crescia tão pouco". Como é que o Sr. Costa e companhia, conseguirão justificar isto? Reposição de salários, reposição de subsídios, reposição de reformas, redução do IVA na restauração, etc.etc e o consumo não cresce? Será que o tão apregoado fim da austeridade pela geringonça, afinal é só fogo de vista? É que as poupanças dos portugueses também decresceram. Baixa o consumo, baixam as poupanças, então para onde vai o dinheiro? Será que portugueses andam a meter o dinheiro nalguma offshore? O problema maior é que a despesa sobe todos os dias e portanto não é difícil de ver para onde é que estamos a caminhar. E viva a geringonça!
  • graciano
    31 ago, 2016 alemanha 11:46
    ha coisas que nunca vou entender e pergunto porque sera que tudo que e publico nesse pais da prejuizo porque e que empresas publicas dao prejuizo sao compradas pelos privados e passam a dar lucro porque e que as empresas publicas cedem conssignacoes aos privados la diz o ditado deixa arder que quem paga e o estado nao culpem os governos sejam de esquerda sejam de direita porque a culpa e do povo um governo nao e so o 1 ministro e um todo partidario que o apoia e nesse pais um partido leva o pais a ruina muda o lider do partido e o povo volta a dar lhe o voto quanto ao sns saude eu estou na alemanha o sns e privado e e gratis ai e gratis na teoria mas na pratica e pago comecando logo pela taxa remodeladora pobre povo portugues que tanto sofre por culpa propia
  • Carlos Alberto
    31 ago, 2016 Mira 11:01
    A ACSS (Administração Central dos Sistemas de Saúde) devia averiguar quantos milhares de cidadãos, sendo beneficiários de subsistemas de saúde nacionais (SAD's, ADM,s ADSE) mas sobretudo de subsistemas estrangeiros, continuam a ser assistidos com custos suportados pelo SNS porque supostamente não há uma maneira de fazer esse tipo de controle. Isto, claro, sem falar nos que estão no Continente Americano e que aproveitam as férias para se virem tratar cá ou mesmo encomendar medicação comparticipada pelo nosso SNS porque "lá é muito caro". Ora, tanto quanto julgo saber, há eleitores (leram bem: eleitores) que são abatidos dos Cadernos Eleitorais a partir do momento em que adquirem uma residência oficial nos países onde estão emigrados. Contudo, esses mesmos cidadãos continuam com inscrições activas no SNS e, em imensos casos, com Médico de Família.
  • melough
    31 ago, 2016 Faro 10:16
    Há muito que venho reparando no mau serviço da SNS (vejo muita boa vontade de muitos dos seus funcionários, verdade seja dita) mas fico com a sensação de que temos um grande défice nessa área e ao ler a introdução deste artigo "Termos e condições" retiro para o meu texto o seguinte: Não violar os princípios fundamentais do Direito do cidadão à SAÚDE. Por esse andar, com todas essas dificuldades, nem sei bem como será de futuro da SNS
  • Manuel
    31 ago, 2016 Alentejo 10:05
    Custos no SNS descontrolados, reposição injustificada dos salários, eis a tempestade perfeita para voltarem os senhores da troika. Para quando um esclarecimento e entendimento entre partes sobre o que deve ser feito para corrigir estas situações?
  • Eborense
    31 ago, 2016 Évora 09:59
    Força geringonça, até à bancarrota final. As despesas a aumentarem e o País com crescimento anémico e ainda há muitos "inteligentes" que acham que o resultado final vai ser excelente.
  • emaria
    31 ago, 2016 porto 09:37
    os doentes não morrem, persistem em viver...e os médicos em trata-los! se todos pagassem impostos o défice podia ser menor ou inexistente! mas há sempre quem se ache no direito reclamar e de retaliar...com títulos... bombásticos!
  • imbomdeiro
    31 ago, 2016 mundomi 09:37
    Força com a geringonça enquanto não se acabar com o resto não descansam. Agora é a saúde,depois vem a educação, e depois, e depois, já não há depois

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