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Nova equipa de gestão entra em funções na CGD

31 ago, 2016 - 06:38

Conselho de Administração tem 11 nomes e vai ser liderado por António Domingues. Conselho de Administração tem 11 nomes e vai ser liderado por António Domingues. Equipa tem 700 milhões para cortes com pessoal.

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A nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), liderada por António Domingues, entra esta quarta-feira em funções, tal como avançou na semana passada o ministro das Finanças. É a primeira equipa sem políticos, nas últimas três décadas: não tem nomes de ex-ministros ou ex-secretários de Estado.

O Banco Central Europeu (BCE) aprovou 11 nomes propostos pelo Governo para o Conselho de Administração da CGD, mas rejeitou outros oito por excederem o limite de cargos em órgãos sociais de outras sociedades, informou em meados de Agosto o Ministério das Finanças, sem identificar as pessoas em causa.

Segundo a comunicação social, os 11 responsáveis aprovados são António Domingues, Emídio Pinheiro, Henrique Cabral Menezes, Tiago Rarava Marques, João Tudela Martins, Paulo Rodrigues da Silva, Pedro Leitão, Rui Vilar (não executivo), Pedro Norton (não executivo), Herbert Walter (não executivo) e Ángel Corcostegui (não executivo).

A nova administração vai ser liderada por António Domingues antigo número dois do BPI, escolhido para substituir José de Matos. Tem 59 anos, é licenciado em Economia, e vai acumular a presidência executiva com a presidência do conselho de administração do banco público, mas este modelo vai ser revisto dentro de seis meses.

A nova equipa vai ter de acertar os pormenores do plano de capitalização, com o BCE. O jornal “Público” indica que há 700 milhões para reduzir pessoal, com rescisões de mútuo acordo e reformas antecipadas, para fazer sair até três mil trabalhadores e implica ainda redução dos balcões.

A nova administração vai ter de contratar uma auditoria independente a actos de gestão da Caixa, praticados a partir de 2000.

Plano de recapitalização

A 24 de Agosto, a Comissão Europeia anunciou ter chegado a um acordo de princípio com o Governo português para a recapitalização da CGD "em condições de mercado".

No mesmo dia, o ministro das Finanças, Mário Centeno, admitiu que a recapitalização da CGD implicará um orçamento rectificativo se for realizada este ano, como é expectativa do Governo.

O governante reiterou que, caso a injecção de capital de até 2.700 milhões de euros que o Estado está autorizado a realizar no banco público aconteça este ano, "não estando ela prevista no Orçamento do Estado para 2016, necessita de um rectificativo", mas sublinhou que a expectativa do Governo é que este aumento de capital "não passe para o ano que vem".

Antes, através de comunicado, o Governo salientou que o acordo estabelecido com Bruxelas permite que esta operação seja feita em condições de mercado, "compatíveis com a ausência de ajuda de Estado" e que "o Estado Português fica autorizado a realizar um aumento de capital até 2.700 milhões de euros, a transferir as acções da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros e a converter 960 milhões de euros de instrumentos de capital contingentes (CoCo's) subscritos pelo Estado em acções".

Comentários
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  • de mal a pior!
    31 ago, 2016 Santarém 22:42
    Não serão necessários tantos administradores para deitarem a moribunda CGD abaixo de vez a não ser que os senhores governantes deste país e a camaradagem que os apoia estejam a pensar ser nosso dever continuar infinitamente alimentar más gestões.
  • 31 ago, 2016 v 09:19
    Os 700 milhões de cortes,destinam-se ao pagamento de vencimentos da nova administração.

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