30 ago, 2016 - 17:40
O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto determinou esta terça-feira a prisão preventiva para o suspeito de agredir domingo em Gondomar um jovem de 14 anos, que acabou por morrer na noite de segunda-feira.
A informação foi avançada pelo advogado do agressor, Sérgio Marques, de 16 anos, segundo o qual o tribunal acusou o jovem pelo crime de homicídio qualificado.
O suspeito, que passou a noite nas celas da Polícia Judiciária, foi ouvido esta terça-feira em primeiro interrogatório judicial no TIC.
De acordo com as autoridades policiais, os incidentes terão ocorrido entre as 22h00 e as 23h00 de sábado, na Rua Padre Domingues Baião, protagonizados por um indivíduo que, de acordo com testemunhas, já andava a perseguir a vítima “há algum tempo”.
Em comunicado divulgado segunda-feira, a PJ esclarece que o alegado agressor terá atingido “violentamente a vítima na cabeça, tendo aquela caído inanimada no solo, sendo de imediato transportada para o hospital”.
O rapaz foi transportado com vida para o Hospital de S. João, no Porto, onde acabou por morrer, na sequência das agressões com uma soqueira.
O agressor entregou-se domingo numa esquadra da PSP. Foi depois entregue à Polícia Judiciária, que tomou conta do caso.
PSP deu informação errada
Na manhã de domingo, o oficial de dia da PSP do Porto disse à Lusa que um jovem de 14 anos tinha morrido depois de ter sido violentamente agredido na via pública em Baguim do Monte
Já na manhã de segunda-feira a Polícia Judiciária revelou que o adolescente se encontrava afinal em “estado muito grave” no Hospital de São João, do Porto
Na tarde de segunda-feira, a Direcção Nacional da PSP lamentou o “lapso”, justificando que a informação por si transmitida domingo sobre a alegada morte do jovem tinha sido obtida junto de “fonte não oficial” do Hospital de São João.
O jovem de 14 anos acabou por morrer na noite de segunda-feira, segundo confirmou já esta segunda-feira o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
O Centro Hospitalar de São João, no Porto, alegou esta terça-feira motivos ético-deontológicos para justificar o silêncio que manteve desde domingo em torno do assunto.