29 ago, 2016 - 10:55
Cinco pessoas foram detidas esta segunda-feira para interrogatório na sequência do ataque levado a cabo de madrugada no Instituto de Criminologia da capital belga.
“As cinco pessoas foram detidas pouco depois nos arredores [do instituto] e estão a ser ouvidas”, anunciou a porta-voz da Procuradoria de Bruxelas, Ine Van Wymersch, em conferência de imprensa.
Segundo a responsável, os suspeitos terão atravessado a vedação com um carro, para provocar depois uma grande explosão e um incêndio.
O objectivo seria destruir “vários documentos” no interior do edifício, afirmou Ine Van Wymersch, não tendo sido ainda possível apurar se houve a detonação de uma bomba, como avançado inicialmente.
A explosão foi ouvida pela vizinhança e pode ser sido causada pelos produtos combustíveis que se encontravam dentro do edifício e não por um engenho explosivo.
Perto de 30 bombeiros foram chamados ao local para travar as chamas, que provocaram danos significativos, ainda que nenhuma vítima.
No Instituto de Criminologia analisam-se as provas de vários crimes, mas não é a única instituição a fazer esse estudo.
Desde os atentados de Março, ao aeroporto internacional de Bruxelas e a uma estação de metro da capital belga, que o nível de alerta está elevado. Os atentados mataram 32 pessoas e foram reclamados pelo autodenominado Estado Islâmico.
Além disso, alguns dos participantes no atentado de Novembro de 2015 em Paris viviam nos subúrbios de Bruxelas. É o caso de Bilal Hadfi, que se explodiu junto ao Stade de France.