27 ago, 2016 - 23:54
A greve de 24 horas dos trabalhadores da Prosegur e da Securitas que fazem a segurança dos aeroportos portugueses está a afectar sobretudo o aeroporto de Lisboa, disse à agência Lusa fonte da ANA - Aeroportos de Portugal.
De acordo com Luís Sismeiro, o tempo de espera dos passageiros junto aos pontos de controlo raio-x era, às 18h30, de cerca de duas horas. Por causa da greve há menos pontos de controlo, o que faz aumentar o tempo de espera no acesso à zona de embarque.
"A segurança nunca foi posta em causa e apesar de já ter ouvido casos de passageiros que passaram sem controlo isso não é verdade, o controlo está a ser feito manualmente, mas um pouco mais à frente do local habitual. É precisamente por causa das questões de segurança que a demora é maior", disse a mesma fonte da ANA.
Contactada pela Lusa, Carina Correia, da transportadora aérea TAP, referiu que até às 18h30 não havia registo de voos cancelados, mas os atrasos nas partidas rondavam os 90 minutos.
Sem especificar números, a mesma fonte admitiu que a TAP já recebeu pedidos de ajuda de passageiros para remarcação de viagens por não terem conseguido apanhar o voo inicialmente marcado, precisamente por causa dos atrasos nos pontos de controlo.
"Estamos a tentar minorar o tempo de espera nas filas, oferecendo águas e 'snacks'", disse Carina Correia.
Os trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que fazem o controlo raio-x de bagagem de mão, passageiros e funcionários dos aeroportos, cumprem hoje uma greve de 24 horas, marcada após mais de nove meses de negociações entre o sindicato e a Associação de Empresas de Segurança para a celebração de um novo contrato colectivo de trabalho.
A Lusa tentou, sem sucesso, junto do sindicato obter dados actualizados sobre a adesão dos trabalhadores a esta greve. Até ao início da tarde, a greve teve uma adesão de 80% em Lisboa e mais de 50% por cento nos aeroportos de Faro e do Porto.
No caso dos aeroportos do Funchal, Porto Santo e Ponta Delgada, o sindicato não tinha informação disponível.