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Louçã e a “grande vitória” na Caixa

27 ago, 2016 - 18:14

Ex-líder bloquista considera “gravíssimo que União Europeia e o Banco Central Europeu tenham arrastado durante seis meses este processo".

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O antigo coordenador do Bloco de Esquerda (BE) Francisco Louçã deu os parabéns ao Governo pela "grande vitória" de ter a Caixa Geral de Depósitos 100% pública, acusando Banco Central Europeu e Comissão Europeia de estar ao serviço de interesses particulares.

Em declarações aos jornalistas à margem do fórum Socialismo 2016, a rentrée política do BE, Francisco Louçã foi questionado sobre o plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), relativamente ao qual o Governo chegou esta semana a acordo com a Comissão Europeia, começando por afirmar que esta "é a solução correta, depois de um processo muito difícil" e que "é gravíssimo que União Europeia e o Banco Central Europeu tenham arrastado durante seis meses este processo".

"O Governo conseguiu uma grande vitória e dou-lhe os parabéns por ter a Caixa pública a 100%, sem que isto seja posto em risco, é uma grande vitória que a União Europeia não queria aceitar", enfatizou.

Esperando agora por ver os detalhes deste processo, o antigo líder bloquista não poupa nas críticas às instituições europeias: "o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia portaram-se muito mal porque mostraram que estão ao serviço de interesses particulares quando deviam cumprir normas iguais para todos".

A recapitalização da Caixa, na opinião de Louçã, "era necessária e é muito útil que ela seja realizada em condições que garantam a Caixa pública".

"As condições - que ainda não são totalmente conhecidas - implicam nomeadamente uma redução da actividade da Caixa no estrangeiro com perdas de postos de trabalho, o que é um abuso por parte das autoridades europeias", lamentou.

Segundo o bloquista, "Portugal tem o direito de escolher o seu banco, com a sua actividade, junto das suas comunidades emigrantes sem qualquer imposição de restrições por parte do Banco Central Europeu ou da Comissão Europeia, que aliás só pretende favorecer, neste caso, a banca espanhola", considerando que "isso é batota".

Apesar dos elogios ao Governo pelo acordo, Louçã criticou a actuação do executivo "ao aceitar uma condição da nova administração que era a proposta de um conselho de administração de 19 elementos, com uma representação empresarial, não aceitando que se faça "uma lei à medida da vantagem dos salários dos principais administradores porque as leis não se fazem à medida de pessoas".

"Para Portugal é uma vitória, a CGD podia ter ficado muito mais sólida e muito mais forte se não se tivesse arriscado a estes incidentes de percursos que foram negativos", resumiu.

Questionado sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2017, Louçã disse apenas que Portugal precisa de "uma boa solução" que garanta que os acordos que o BE e o PCP fizeram com o Governo "sejam integralmente cumpridos, a bem dos salários, das pensões e da economia".

Comentários
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  • graciano
    29 ago, 2016 alemanha 15:13
    nao sei se a geringonca estara assim tao bem o que sei e que todas as empresas geridas pelo estado portugues dao perguizo e algumas estao na falencia porque sao colocadas pessoas nas administracoes sem o minimo de habilitacoes para o fazerem empresas que na decada de 80 ainda eram empresas em progresso que tinham mais de 5000 trabalhadores hoje teem 1000 e estao falidas mas e nessas empresas que os politicos colocam os seus amigos e afilhados e porque e dessas administracoes ruinosas que eles propios vivem e o povo houve ve e escuta mas come migalhas e cala
  • ricardo silva
    28 ago, 2016 chaves 12:56
    Doí não doí? A Geringonca está bem e recomenda-se.
  • joao
    28 ago, 2016 lisboa 09:24
    A culpa é sempre dos outros, é incrível . Será que esta gente não cresce..?
  • agostinho v couto
    28 ago, 2016 usa 00:26
    pois e nao e o teu dinheiro que esta em jogo e o dinheiro daqueles que pouco ganham e que ainda teem que manter essa cambada de parasitas que esfolam o pais ,,sem do nem piedade , o destes ,,pseudo'democratas esta seguro ,,garantido e os outros ,,pobres que trabalhem que facam riqueza que produzam ,,que estes populuxos democratas tratam do resto ou seja ,,esbenjar destruir gozar , e so isso que eles sabem fazer ,,,pobre pais entregue nas maos destes ,,,,,,nem digo mais nada ,,,,,,,,,
  • António
    27 ago, 2016 Lisboa 22:19
    Neste momento, o BE é essencialmente uma "máquina de engolir sapos e chorar por mais". A CGD vai ser submetida a uma cura de emagrecimento nunca vista - despedimentos em massa, abandono de negócios e mercados, e venda ao desbarato de operações, mas o BE faz de conta que é uma vitória e sorri para a fotografia.
  • VARUCA
    27 ago, 2016 Pireu 21:58
    E preciso ter lata.
  • viva o xuxialismo!
    27 ago, 2016 Santarém 21:35
    Para estes esquerdistas isto de injetar 5 mil milhões num Banco falido é uma grande vitória porque é um banco público, para os restantes portugueses é um grande fracasso tal como o tem sido nos bancos privados, para eles a incompetência no privado é um desastre nacional, no público é um dever nacional.
  • Jorge
    27 ago, 2016 Coimbra 20:08
    Mais dinheiro dos impostos dos portugueses que vão para a banca! Grande vitória! Imbecis!!!
  • graciano
    27 ago, 2016 alemanha 18:58
    claro como agua para be pcp ps sao tudo victorias o problema e que todos os portugueses sabem que todas as empresas publicas nesse pais no fim do ano apresentam prejuizos e a caixa nao foje a regra e nunca vimos nem vamos ver os administradores a serem julgados pelo pessimo trabalho que fazem

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