27 ago, 2016 - 12:13
A Itália vive este sábado um dia de luto nacional pelas cerca de 290 pessoas mortas no sismo que devastou o coração do país esta semana, decorrendo um funeral de estado para 35 das vítimas.
Enquanto os líderes políticos se juntavam para a missa de enterro, os grupos de regaste continuam a trabalhar nos escombros da localidade mais afectada, Amatrice, embora já exista pouca esperança em encontrar mais sobreviventes deste que foi o pior sismo em Itália dos últimos sete anos.
Mais nove corpos foram retirados de Amatrice este sábado, incluindo três cadáveres retirados do Hotel Roma, o que aumento o número de vítimas na localidade para 230 residentes e turistas.
O Presidente italiano Sergio Mattarella chegou a Amatrice de helicóptero no sábado para observer os estragos ao vivo antes de viajar até à localidade próxima de Ascoli Piceno para o funeral que decorre num pavilhão gimnodesportivo.
Os 35 caixões de madeira envernizados estavam alinhados no pavilhão, incluindo dois caixões brancos que levam duas das 21 crianças que morreram na tragédia. A vítima mais nova tinha cinco meses e a mais velha 93 anos.
Morreram seis romenos, três ingleses, uma mulher canadiana e um albanês. A zona é popular entre os veraneantes e as autoridades locais estão ainda a tentar perceber quantos estrangeiros estavam em Amatrice quando o sismo começou.
O primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que também esteve no funeral, prometeu reconstruir as comunidades devastadas, enquanto o autarca de Amatrice apelou ao governo para aprender a lição no que toca às lentas reconstruções pós-terramoto do passado.
“Precisamos de reconstrução em tempo recorde”, disse Sergio Pirozzi. “Esta é uma grande oportunidade para os políticos mostrarem o seu sentido de compromisso.”