26 ago, 2016 - 20:39
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) visitou em Junho e Julho mais de 400 empresas onde, o ano passado, tinham ocorrido acidentes de trabalho. A ideia era perceber se tinham sido introduzidas correcções ou melhorias nas condições de segurança mas, em vez disso, os inspectores encontraram quase tudo na mesma.
Paula Lopes Vieira, chefe de divisão das actividades inspectivas da ACT, refere alguns dos problemas recorrentes.
“Tem a ver muito com as máquinas e os equipamentos que são utilizados, os trabalhadores continuam sem usar as protecções adequadas e continua a haver falta de formação e informação”, disse.
Estas irregularidades deram origem a 440 procedimentos inspectivos e que vão levar a Autoridade para as Condições de Trabalho a continuar o “acompanhamento de perto” destas empresas, refere Paula Vieira.
O ano passado, 142 pessoas perderam a vida a trabalhar. Este ano, até ao início de Agosto foram 79. Também se registaram 150 acidentes graves.
A evolução não é tão favorável como se poderia esperar porque, segundo a responsável da ACT, a higiene, segurança e saúde nos locais de trabalho continua a ser vista como uma despesa e não um investimento.
Além disso, Paula Vieira sublinha que a educação para a segurança no trabalho tem que passar a fazer parte dos curriculum escolares desde os primeiros anos.