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​Governo admite "aplicação errada" da isenção de IUC sobre veículos para deficientes

25 ago, 2016 - 20:35

Ministério das Finanças deu "instruções para correcção destas situações".

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A isenção do Imposto Único de Circulação (IUC) sobre veículos para deficientes foi "indevidamente retirada" a alguns proprietários devido a uma errada “aplicação da lei”, admite o Governo.

Fonte oficial do Ministério das Finanças indicou à agência Lusa que se "verificou em alguns casos uma errada aplicação da lei, tendo sido indevidamente retirada a isenção [do IUC] a contribuintes que deveriam ter beneficiado de isenção parcial".

No entanto, a mesma fonte garantiu que "foram dadas instruções para correcção destas situações e para paragem das liquidações até que estejam reunidas as condições para uma aplicação correcta da lei".

O “Jornal de Notícias” avançou na edição desta quinta-feira que o "Governo tira isenção do IUC a deficientes".

Em causa está o artigo 5.º do Código do IUC, alterado pelo decreto-lei 41/2016, publicado a 1 de Agosto deste ano, que, segundo o Governo, aproxima "os benefícios concedidos em sede deste imposto àqueles que são concedidos em sede de ISV [Imposto Sobre Veículos], estabelecendo como limite o nível de emissão de CO2 até 180gr/Km, em veículos de categoria B, não podendo a referida isenção ultrapassar o montante anual de 200 euros".

A mesma fonte das Finanças explica que, na prática, "no caso do IUC que ultrapasse os 200 euros, não há uma perda de isenção, mas uma redução da mesma", o que significa que "o contribuinte só paga o valor de IUC que exceda 200 euros".

A título de exemplo, a tutela indica que, "se a viatura pagasse, por exemplo, 220 euros de IUC, o valor a pagar é reduzido para 20 euros".

De acordo com o ministério de Mário Centeno, os valores que serviram de base a esta alteração legislativa - emissões de CO2 de 180 gr/Km e um máximo de 200 euros de imposto para veículos de categoria B - "permitem acautelar as necessidades especiais de contribuintes portadores de deficiência, excluindo do âmbito da isenção apenas os veículos considerados de alta cilindrada".

Ou seja, argumentam as Finanças, "está apenas em causa, por razões de justiça fiscal, limitar o âmbito da isenção, não atribuindo um benefício fiscal na parte do IUC que corresponde a veículos de preço elevado ou altamente poluentes", uma vez que "esse apoio não corresponde ao exercício de funções sociais do Estado".

O Ministério das Finanças adianta também que, tendo em conta estas alterações em sede de IUC, 90% dos veículos são elegíveis para uma isenção total, 8% dos veículos terão valores de IUC a pagar inferiores a 50,61 euros (com a redução de 200 euros) e apenas 2% dos veículos terão valores de IUC a pagar superiores àquele valor.

Comentários
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  • Pedro Magalhães
    27 ago, 2016 V. N. Famalicão 12:10
    O que posso dizer em relação a isto e eu até sou bastante crítico contra tudo e todos em especial contra o estado é que uma pessoa que compre um carro que pague um imposto daquele valor ou mais alto tem que ter poder financeiro logo deveria até pagar o imposto na totalidade , senão que compre um carrito como eu que paga 35€ de imposto em vez de andar a mostrar luxo e se virem queixar que não querem pagar o devido , lá pelos senhores serem portadores de alguma deficiência mas se têm dinheiro para comprar bons carros que paguem os devidos impostos e até deveriam pagar na totalidade no acto da compra mas até aí têm vantagens , por isso embora o estado seja o mamão também dá muitas facilidades a certas pessoas , atenção que eu falo aqui daquelas que são financeiramente poderosa pois só esses podem comprar carros que paguem imposto acima de 200€ , bem hajam...
  • 26 ago, 2016 lisboa 10:15
    estes para extorquir dinheiro aos portugueses vão a todas!! empreses/pessoas mesmo cumprindo os planos prestacionais, com tudo a ser pago a tempo e horas a finanças mesmo assim penhoram-lhe contas bancárias, facturação a clientes tudo serve para extorquir dinheiro, deixamdo as pessoas/empresas ainda mais entaladas, estamos perante a nova PIDE!!!
  • luis
    26 ago, 2016 lisboa 09:43
    Os deficientes estavam a fazer comichão ao ministro Centeno e vai dai toca de carregar em cima deles.
  • Alberto Sousa
    26 ago, 2016 Portugal 09:01
    Sem querer "atacar" quem é deficiente nem ninguém em particular, mas acho estas isenções automáticas um absurdo. Toda e qualquer isenção, desconto, benesse ou regalia deveria ser dada consoante a necessidade de cada um e não automaticamente a A ou B. Conheço pessoas com deficiência com muito mais meios do que outros sem qualquer deficiência, e enquanto os primeiros usufruem de muitos "direitos" automáticos os segundos vêem-se lixados para conseguir pagar o IUC do carro que precisam para trabalhar.
  • cascais
    26 ago, 2016 cascais 07:26
    Este governo do PS sempre foi assim no governo já quando Mário Soares era 1ºMinistro o PS governava mal ia sempre contra os mais fracos e neste caso ainda temos como exemplo querem meter á força 19 administradores na caixa geral depositos pra que e ainda por cima com ordenados chorudos e estou me lembrar da Leonor Beleza que pertece á administação da fundação do amigo champalimou .Essa senhora e a mãe estiveram ligadas ao caso do sangue contaminado dos hemofilicos á uns anos e o sr.Mario Soares ajudou a livrarem se de ierem pra prisão á sempre amigos do curacao,o PSnunca foi um governo de esquerda nem agora nem nunca porque o seu D.N.A. não tem genes dessa area que é o mesmo que dizer apoiar os mais fracos para poderem melhorarem a sua vida e Portugal crescer essa é que devia ser a sua politica e não a que llhe é mais benefica a cada momento portanto o PS,não tem não teve e dificilmente terá uma determinação coerente.Mas isto não quer dizer que Passos Coelho ou o PSD está isento pelo contrario estes e o CDS são genuinamente defensores da direita retrograde deste país não evoluiram são mesmo o passado recente é bom que as pessoas não se esqueçam e os mais novos se deem ao tabalho de pesquisar que a historia não mente,as pessoas tem é a memoria curta porque também e´um pouco da lei do menor esforço ás vezes são como os papagaios limitam-se a repetir a mesma asneira até á exaustão.Portanto isto das alterações das finanças é a prova do que este governo faz aos mais fracos .
  • Paulo Martins
    26 ago, 2016 Porto 03:27
    Vá lá, o governo deu a mao à palmatória e resolveu corrigir o grave erro. Estranho foi "ouvir" o silêncio sobre o assunto por parte dos senhores do BE, do PCP e dos sindicatos. Nem uma palavrinha, nao fosse o sr ministro aborrecer-se. Sinal dos tempos! Há um ano a coisa teria dado para encher as escadas da AR de seguidores da Fne e da Fenprof. Hoje anda tudo caladinho, até a outra que diz que todos os dias se arrepende da geringonça que tem que engolir. Pelos vistos a santa aliança é como um remédio para as lombrigas, custa a engolir mas tem de ser, porque só assim é que se consegue a cura, ou seja, estar coladinho ao pote. É dura a vida dos pequenotes que querem estar na ribalta à custa de qualquer coisa! Quem não vai lá com o voto popular, tem de ir lá com o remédio amargo.
  • José Cunha
    26 ago, 2016 Paredes de Coura 00:03
    Uma vergonha este governo faz e desfaz as leis assim foi com as Finanças com a fiscalização de todas as contas bancárias, gestores para a CGD, agora com a isenção de impostos de circulação e outros para os deficientes enfim descrever mais para quer? Estes homens devem ser sujeitos a formação de modo que não sejam nas novas oportunidades para que aprendam a estudar os dossiers e as leis que põe cá fora.O presidente da República está agora a ver o problema da incompetência deste governo, pode ser que ainda vá a tempo, logo será tarde demais...
  • André
    25 ago, 2016 Lisboa 23:56
    Não são todas que tem erro. Já vi uma que não tem erro e os 200 euros são deduzidos. E vi outra que é cobrado o valor total, só que o carro é de categoria B mas, tem mais de 180gr de CO2, pois é 2.3 de cilindrada. Mesmo assim, o proprietário como tem deficiência de 66%, reclamou. Até agora ainda não lhe disseram nada. Pela lei que está no DR, vão-lhe dizer que terá de pagar os 427 euros, pois é um carro de alta cilindrada que estava isento até ao ano passado.
  • AE
    25 ago, 2016 Castelo Branco 23:34
    Os portugueses descubriram a tramóia, há que fazer marcha atrás. Esta malta da Geringonça anda desesperada por dinheiro.
  • joao almeida
    25 ago, 2016 portugal 22:51
    tudo serve para sugar o zé ....e depois quando de descobre desculpam-se .....mais uma ratoeira do " governo não há aumetos de impostos"

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