25 ago, 2016 - 15:49
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As réplicas do tremor de terra de quarta-feira em Itália podem durar semanas, explica a sismóloga Susana Custódio à Renascença.
A cidade de Amatrice, que ficou reduzida a escombros, foi esta quinta-feira assolada por um novo sismo de 4.3 na escala de Richter.
Mais de 470 réplicas foram registadas desde o abalo que ocorreu na madrugada de quarta-feira.
Para a sismóloga Susana Custódio, “é expectável que continuem réplicas desta magnitude. É uma crise sísmica e ainda estamos num período de sismicidade muito intenso”.
Não é possível determinar com exactidão quanto tempo mais vão durar as réplicas. “Variam muito” de local para local, diz a especialista.
“Mas nesta região de Itália, a norte da região onde ocorreu o sismo de Aquila, também foi um sismo que teve um período de réplicas muito alongado e com sismos de magnitude moderada elevada. É expectável que aconteça o mesmo durante este sismo. Vários dias ou até semanas”, sublinha.
Um abalo desta intensidade pode fazer ruir o que ainda está de pé e tornar ainda mais complicadas as operações de salvamento.
“Quando estão a decorrer as operações de resgate e salvamento, normalmente, há estruturas que foram já muito danificadas pelo sismo principal e que estão em risco de cair. Essas réplicas podem fazer esses edifícios cair, fazem abanar os destroços, mudam os destroços de posição e dificultam muito as operações”, refere a sismóloga Susana Custódio.
De acordo com o último balanço oficial, avançadas esta quinta-feira à tarde, 250 pessoas morreram e 365 estão hospitalizadas em resultado do sismo de 6.2 graus na escala de Richter e centenas de casas ficaram completamente destruídas. Há cerca de 2.500 desalojados.
[notícia actualizada às 18h23 - número de mortos subiu de 241 para 250]