25 ago, 2016 - 10:21
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“Hoje, o que precisamos é de esperança. O lamento não faz parte da nossa cultura”. A afirmação é do presidente da Câmara de Amatrice, esta quinta-feira de manhã, à televisão italiana RAI.
“Quando nos sentimos confortáveis, está tudo bem, mas só com a certeza, a esperança e a força para o amanhã. O drama de ver tantos nossos concidadãos mortos e tantos desaparecidos dá-nos a força para continuar e apoiar quem perdeu tudo”, disse Sérgio Pirozzi, para quem é agora tempo para trabalhar e cuidar dos que ficaram.
“É com orgulho que vejo que a gente da montanha não desiste. E, como não desiste, estou aqui com a minha gente para os apoiar até ao final”, destacou ainda.
Para fazer face aos enormes estragos provocados pelo sismo, o Governo italiano disponibilizou uma verba de 50 milhões de euros. A notícia foi avançada esta quinta-feira de manhã, depois de um conselho de ministros extraordinário.
Também das últimas horas é a informação, avançada pela RAI, de que entre as vítimas estão um cidadão espanhol e dois romenos.
O balanço oficial de vítimas foi revisto em baixa de 247 para 241 mortos. Ainda há centenas de pessoas desaparecidas e as operações de busca e salvamento prosseguem.
Numa conferência de imprensa conjunta das autoridades italianas no terreno, Immacolata Postiglione, da Protecção Civil, falava no grande empenho de todos na corrida contra o tempo.
“Trata-se de um empenho constante, que não diminui – pelo contrário, aumenta a cada hora. Procuramos ser eficazes e céleres na resposta às populações e às tantas exigências que nesta altura vão surgindo”, afirmou.
Mais de 460 réplicas
Desde a madrugada de quarta-feira, o centro de Itália foi abalado por mais de 460 réplicas do terramoto.
Segundo os dados do Instituto Italiano de Geofísica e Vulcanologia (INGV), a maior teve uma magnitude de 4,5 na escala de Richter e ocorreu às 3h17 (2h17 em Lisboa), na província de Rieti.
[notícia actualizada às 16h11 - número de vítimas revisto para 241 mortos]