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Caixa vai precisar de uma injecção de quase 5,2 mil milhões

24 ago, 2016 - 15:29

Bruxelas deu aval ao Ministério das Finanças para poder avançar com a reestruturação do banco público.

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O Ministério das Finanças indicou quarta-feira que o acordo que estabeleceu com a Comissão Europeia para recapitalização da Caixa Geral de Depósitos "assenta num plano de negócio que garante a competitividade da CGD".

O valor total da operação pode chegar aos 5,2 mil milhões de euros divididos em quatro rubricas.

O Estado português fica autorizado a realizar um aumento de capital até 2.700 milhões de euros. Pode ainda transferir as acções da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros.

Tem possibilidade também de converter 960 milhões de euros de instrumentos de capital contingentes (CoCos) subscritos pelo Estado em acções.

Por fim, a CGD deverá ainda realizar "uma emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, de cerca de 1.000 milhões de euros, elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório", emissão que deverá ocorrer "junto de investidores privados".

"Esse plano considera uma reorganização do banco, com o objectivo de recuperar a rentabilidade de longo-prazo através de um aumento de eficiência, da redução do custo do risco de crédito e do corte de custos", referiu o Ministério das Finanças.

Em comunicado, o ministério liderado por Mário Centeno indicou que a estratégia de recapitalização deve ser feita em condições de mercado, "compatíveis com a ausência de ajuda de Estado".

O instrumento financeiro a emitir não será convertível em acções da CGD, "assegurando-se a manutenção da CGD como um banco integralmente público", pode ler-se no texto do ministério das Finanças.

Este comunicado foi divulgado depois de um porta-voz de Bruxelas ter anunciado o acordo de princípio. "A Comissária [Margrethe] Vestager chegou esta noite a um acordo de princípio com as autoridades portuguesas sobre o caminho a seguir para permitir uma recapitalização da CGD em condições de mercado", disse à Lusa o porta-voz da Comissão Europeia.

O acordo alcançado tem ainda que ser aprovado pelo Colégio de Comissários.

Comentários
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  • Ricardo Santana
    24 ago, 2016 Régua 21:10
    O Passos Coelho andou a empurrar as trapalhadas da banca para ter uma "saída limpa" e agora deu nisto. É ver os bancos a cairem que nem tordos. Mas fez-nos pagar juros pelo dinheiro que pedimos emprestado para este fim e não foi utilizado convenientemente. Essa é que é essa.
  • Eugénio Rodrigues
    24 ago, 2016 Angra do Heroísmo 20:09
    Obrigado PAF!
  • Rui
    24 ago, 2016 Lisboa 16:49
    Livraaaaa nunca mais acertam com o valor. Eh pá tenham dó de nós, Deus tenha piedade de nós santo povo, que os elegemos e agora estamos a pagar os nossos pecados. Daqui algum tempo não será 5,2 mil milhões mas qualquer coisa como 6,... ou 7,... o que for suficiente para alguns e nós cá estamos para pagar. Palavras de um português com passado mas sem futuro.
  • Dr Xico
    24 ago, 2016 Lisboa 16:46
    Vão busca-lo onde o tem, empréstimos e mais empréstimos à CP, MEtros, transtejo STCP para pagar o prejuízo das greves politicas do PCP daí a esquerda até achar bem nós pagarmos + impostos para injectar na CGD. Podera é de onde vem a força sindical do PCP e nós todos a pagar.

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