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“Imunidade diplomática destina-se a proteger os diplomatas e não a permitir abusos”

21 ago, 2016 - 09:42

O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que Portugal vai fazer tudo para que os factos das agressões de Ponte de Sôr sejam apurados.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, garante em entrevista ao Público que se se concluir que é preciso fazer um pedido de levantamento da imunidade diplomática, aos dois filhos do embaixador iraquiano que agrediram violentamente um jovem de 15 anos em Ponte de Sor, “esse pedido será feito”.

O governante sublinha que “a imunidade diplomática destina-se a proteger os diplomatas e não a permitir abusos seja de quem for”.

Santos Silva diz que têm decorrido contactos informais entre as autoridades portuguesas e as autoridades iraquianas, “que têm o objectivo de tornar o mais céleres e o mais produtivas possível diligências formais que venham a ser necessárias.”

O Estado, promete Santos Silva, “fará tudo o que estiver ao seu alcance para que os factos sejam apurados, que a acusação, se houver, seja formulada e que os acusados possam ser objecto de um julgamento imparcial, justo e tão célere quanto possível.”

“Esse é o nosso interesse: que se apurem os factos, que se encontrem os responsáveis e os responsáveis sejam levados à justiça”, argumenta

O ministro sublinha ainda a imunidade diplomática “é uma prerrogativa do Estado em relação a cada um dos seus embaixadores, e a renúncia à imunidade diplomática também é um privilégio do respectivo Estado.”

“O que Portugal pode fazer é perguntar às autoridades iraquianas se estão disponíveis para levantar a imunidade diplomática em relação a uma pessoa”, sublinha.

Augusto Santos Silva diz não poder garantir qual o paradeiro dos dois jovens iraquianos porque a imunidade diplomática cobre a liberdade de circulação das pessoas.

Também este domingo, o Correio da Manhã noticiava que a Polícia Judiciária, que investiga do caso, perdeu o rasto aos filhos do embaixador iraquiano, admitindo que os gémeos já não estão em Portugal.

Na entrevista ao Público, Santos Silva deixa em aberto todos os desfechos para este caso, inclusive o de caso o Iraque não levante a imunidade dos suspeitos, poder considerar o embaixador iraquiano “personna non grata”.

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  • cascais
    03 set, 2016 cascais 17:38
    Menos conversa e mais acção,no meu ponto de vista a imunidade na se enquadra nesta tentative de homicidio em que os dois iraquianos ou mais uma suposta pessoa que já seriam tres pessoas é o que a policia judiciária suspeita.Tém que ir a tribunal e ponto final porque tem que ser julgados cá e não serem expulsos porque isso é o mesmo que passar uma esponja sobre o assunto ,porque até para futuros exemplos sa berem que em Portugal a justiça não é selective mas a lei igual para todos.
  • Victor Ferreira
    02 set, 2016 porto portugal 22:04
    Acho que temos que apurar responsabilidade primeiro.Mas não deixo de achar que a nossa justiça seja muito lenta atuar nas responsablidades de quem e menor que a nossa justiça
  • Mafurra
    01 set, 2016 Lisboa 19:26
    Desde as últimas eleições há muita gente ressabiada !
  • ver para crer!
    22 ago, 2016 Santarém 23:20
    Entretanto senhor ministro cá ficaremos a aguardar as suas garantias e as do governo a que pertence!
  • Luís Silva
    22 ago, 2016 Cruz Quebrada - Oeiras 19:02
    Augusto Santos Silva não me merece qualquer Crédito na condução deste processo. Ele vai deixar impunes os Cobardes criminosos ! E no final NEM declara Personna nom Grata, o progenitor ! Que sob a capa de Embaixador, não tem estatura Diplomática !!!
  • fernandes
    22 ago, 2016 lisboa 11:57
    Este ministro quer fazer-nos de otários!! o tal do se, talvez, quiçá....o caso vai-se diluindo e pobre jovem. Temos políticos sem eles no sítio. Eu dava-lhes a imunidade sim senhor e ao paizinho também....
  • zé dos plasticos
    21 ago, 2016 portugal 23:39
    Tanto se fala sem nada se saber, alguém sabe explicar o porquê de tudo isto?
  • António
    21 ago, 2016 Seixal 20:50
    O final da história vai ser a seguinte, registem aí: 1 - O Jovem Ruben, a sobreviver, vai ficar com mazelas graves e em que o Estado português através dos impostos dos seus cidadãos vai custear, até certo ponto, os tratamentos para calar a boca aos familiares e amigos; 2 - Aos filhos do Embaixador é-lhe levantada a imunidade diplomática, mas como nesta altura já estarão bem longe, sem intenções de regressar e a seguro, os interrogatórios ou explusão por "persona non grata" cairão em saco roto por extemporaneidade. Como aos olhos da nossa sociedade são menores a responsabilidade moral recai sobre o pai e esse ainda poderá ser expulso por ser, de certa forma, responsavel pelos actos dos filhos -mas e tomates para isso?- Arruinar uma relação diplomática por causa de um ingnificante plebeu que quase foi mandado para junto do Senhor? pensará quem governa. De resto daqui a dias ninguém se lembrará que naqule país de panacas um jovem foi violentamente agredido por dois diplomatas e tudo ficou em águas de bacalhau.
  • joao henriques
    21 ago, 2016 molelos 19:34
    Boa tarde, Ainda não ouvi nenhum comentário da parte do bloco de esquerda......medo de falar......
  • Luis
    21 ago, 2016 LX 18:30
    Andam com ladainhas a aguardar os resultados do inquerito aberto pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros para saber se levantam ou não a imunidade diplomática. Quando se decidirem a retirar a imunidade diplomática aos filhos do embaixador para que possam ser acusados e julgados, já eles se puseram ao fresco para fora de Portugal. Depois vão á procura deles a Bagdad!

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