16 ago, 2016 - 12:45 • João Fonseca
A saída de Luisão para Inglaterra, após ter vestido a camisola do Benfica desde 2003, não será uma drama, na opinião do antigo jogador do clube da Luz António Simões.
Ligado, como dirigente benfiquista, à contratação do central, António Simões recorda que pouco depois do internacional brasileiro ter chegado à Luz começou a revelar dotes de liderança.
O que levou mesmo Simões a afirmar, logo na altura, que mais cedo ou mais tarde seria capitão. Não por "querer ser mandão ou autoritário", mas porque num episódio ocorrido no balneário fez ver a um colega, no intervalo de um jogo, que "havia mais para dar".
As notícias na imprensa dão conta da partida do brasileiro para Inglaterra, a caminho do Wolverhampton, pelo que António Simões sublinha ser "raro que nos tempos de hoje haja um jogador com tantas centenas de jogos e anos de clube".
Agradecimento de Simões
"Vai ficar uma referência, para além do seu valor de futebolista e capacidade de liderança. Deixa-nos com alguma saudade e com uma carreira fazendo história ao serviço do Benfica. Estamos agradecidos pelo que deu estes anos todos", sublinha Simões.
Com a saída do capitão, aos 35 anos, a antiga glória benfiquista aponta os naturais sucessores ou candidatos à braçadeira: Jardel, Jonas ou Júlio César: "Já aprenderam com Luisão. Com a carreira de cada um, é gente com capacidade, com estatuto e perfil."
Luisão começou a época como titular, quer na Supertaça com o Braga, quer na liga diante do Tondela, embora neste último jogo tenha saído lesionado.
Com Lisandro, Lindelof, Jardel e Kalaica no plantel, António Simões só pede que "não haja lesões". "Se Luisão ficasse era melhor, mas temos quatro centrais, alguns jovens, mas com experiência, para darem continuidade e já o fizeram a época passada. Parece-me que o Benfica está bem servido nessa posição", conclui o antigo jogador e dirigente do clube da Luz.