08 ago, 2016 - 23:29
Os números ainda não são definitivos, mas Portugal foi assolado por cerca de 800 incêndios no domingo e na segunda-feira.
De acordo com o balanço efectuado pelo Comandante da Protecção Civil, José Manuel Moura, domingo foi o dia do ano mais ignições, com um total de 455 incêndios.
Entre a meia-noite e as 19h50 desta segunda-feira, já tinham sido registados cerca de 310 fogos em Portugal, indicou José Manuel Moura, em conferência de imprensa.
No combate aos incêndios de segunda-feira estiveram envolvidos 6.238 operacionais, apoiados por 1.646 meios terrestres e 107 meios aéreos.
Aveiro, Guarda, Porto e Viana do Castelo concentram as situações mais complicadas, indica o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
Para tentar combater melhor e de forma mais ágil as chamas, o comando nacional de Protecção Civil decidiu deslocar meios de Sul para Norte.
“Vinte e quatro grupos operacionais deslocaram-se de Sul para Norte. Para momentos de excepção, medidas de excepção, razão pela qual fizemos este balanceamento de Sul para Norte, de alguma forma correndo alguns riscos porque estes distritos também tiveram alguma actividade operacional. Em Beja e Faro há dois incêndios que preocupam”, disse José Manuel Moura.
A Protecção Civil vai manter o “alerta laranja” para terça-feira, o que equivale ao segundo nível mais grave.
Sobre uma alegada falta de meios para combater as chamas, José Manuel Moura admitiu que, "aos olhos de qualquer comandante, os meios nunca são suficientes, mas o dispositivo tem respondido de uma forma dantesca".
Em algumas situações, as equipas portuguesas puderam contar hoje já com a colaboração de elementos espanhóis, no âmbito do protocolo que existe entre os dois países.