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Incêndio obriga a retirar pessoas de casa no Funchal

08 ago, 2016 - 19:14

Calor e vento forte estão a dificultar o trabalho dos bombeiros, que têm conseguido proteger as habitações. Autarquia apela à calma.

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Os residentes das zonas afectadas pelo incêndio florestal que deflagrou hoje na freguesia de São Roque, no Funchal, estão a ser retirados das habitações devido ao denso fumo provocado pelo fogo, disse o presidente do município.

"O incêndio ameaçou residências, as pessoas de algumas casas estão a ser retiradas, mas até ao momento nenhuma moradia foi danificada", afirmou Paulo Cafôfo numa conferência de imprensa para fazer o ponto da situação da operação, pelas 18h00.

O incêndio foi detectado pelas 15h30, no sítio da Alegria, nas zonas altas do concelho do Funchal, um foco que "está controlado", mas estendeu-se para as áreas do Galeão e Lombo Jamboeiro, "nos quais lavra com mais intensidade", adiantou o autarca.

O responsável, que esteve acompanhado pelo comandante dos Bombeiros Municipais do Funchal, José Minas, acrescentou existir a informação de que "o fogo está a chegar à zona do campo [de futebol] do Andorinha e poderá estender-se entre a Ribeira Grande e a Fundoa (freguesia de Santo António), que é a zona mais crítica".

Paulo Cafôfo mencionou que no terreno estão 50 bombeiros, das duas corporações do Funchal (Municipais e Voluntários Madeirenses), dos municipais de Machico e de Câmara de Lobos, apoiados por 12 viaturas, tendo sido já requisitados mais 24 elementos para reforçar o combate.

"Até ao momento não há nenhuma habitação afectada", assegurou o presidente da câmara, apontando que o fogo surgiu numa área de mato e floresta, no limite com a zona de habitações, a uma altitude de 600 metros, numa altura em que o Funchal regista temperaturas de 37 graus e rajadas de vento na ordem dos 70 quilómetros/hora.

Os responsáveis salientaram que "o vento é que está a dificultar o combate" ao fogo, tendo um dos bombeiros ficado "ligeiramente ferido, por inalação de fumo".

Paulo Cafôfo apelou ainda à "calma" das pessoas que estão agora a aperceber-se do fogo, algumas em gozo de férias, que estavam fora do Funchal, aconselhando a que não afluam para a zona "para não dificultar o trabalho dos bombeiros".

No local estão também o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, a secretária da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, que tutela a área da Protecção Civil, e o presidente deste serviço, Luis Néri.

Uma fábrica de óleos usados, na freguesia de Santo António, no Funchal, foi consumida pelas chamas. "Ardeu completamente uma fábrica de óleos usados, acima do campo do Andorinha, na freguesia de Santo António", constatou um jornalista da Lusa no local.

Cerca das 19h15 "ouviam-se explosões e viam-se bolas de fogo", assistiu a Lusa, aos mesmo tempo que funcionários de uma fábrica de pneus existente na zona retirou o material que lá tinha e que foi transportado em camiões para um espaço mais acima no terreno.

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