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Merkel: “Somos contra o ódio e o medo entre culturas”

28 jul, 2016 - 12:40

Líder alemã recusa reduzir o número de refugiados acolhidos no país, depois de uma semana de atentados.

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A chanceler alemã Angela Merkel disse, esta quinta-feira, que os terroristas querem reduzir a prontidão da Alemanha no acolhimento de refugiados, mas acrescentou que o seu Governo está contra essa redução, falando depois de uma série de ataques no Sul do país.

“Os terroristas querem-nos fazer perder de vista aquilo que nos é importante, querem acabar com a nossa coesão e sentido de comunidade e inibir o nosso modo de vida, a nossa abertura e a nossa disponibilidade para acolher pessoas necessitadas”, disse a chefe do Governo numa conferência de imprensa para a qual teve de interromper as suas férias.

“Eles vêem o ódio e o medo entre culturas e o ódio e o medo entre religiões. Estamos decisivamente contra isso”, rematou.

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  • Joana
    28 jul, 2016 Lisboa 15:59
    Pois eu entendo que Frau Merkel está cheia de razão. Cedendo ao discurso do medo e do ódio, tornar-nos-íamos iguais a eles. E nós não somos iguais a eles. Digo e repito, convicta: o combate a este tipo de ataques (que nem todos têm ligação com o Daesh, como resulta óbvio dos últimos casos ocorridos na Alemanha) faz-se através de partilha de informação e colaboração estreita entre autoridades, a nível internacional. E agradece-se contenção e discernimento ao nível das notícias: 1º porque o Daesh procura logo "assenhorear-se" mesmo daquilo que com o ele nada tem a haver; 2º porque o "efeito imitação" funciona e é perigoso; 3º porque é preciso ter o bom-senso de não multiplicar notícias sobre incidentes e acidentes que, noutras alturas nem notícia seriam, mas que agora alguns tendem a ver (ou a querer ver) como emanações de ataques do Daesh. Esta burrice que alastra, muito por culpa do discurso do Sr. Trump, não pode bloquear o nosso cérebro e, sobretudo, não pode constituir uma forma perversa de ainda ajudar aos objectivos do terrorismo. Contenção! Comedimento! Separar de águas! Nem tudo que parece é. O papel da Comunicação Social é, aqui, fundamental. E isto não é um dircurso politicamente correcto. É um discurso racional. A histeria não nos ajudará. O discernimento sim.
  • Mario Morais
    28 jul, 2016 Portugal 15:17
    “Eles vêem o ódio e o medo entre culturas e o ódio e o medo entre religiões. Estamos decisivamente contra isso” Não tente cobrir o sol com uma peneira, pois devia saber que isso não resulta. Devia era perceber que está a abrir seculares feridas com essa filosofia politica. Também deveria saber que as guerras " em nome de Deus" existem e isso é secular e não vai mudar enquanto o "correctamente politico" for a filosofia politica seguida pela Europa. Começo a ser fá da filosofia politica de " olho por olho dente por dente" que tem mais lógica nos dias de hoje.

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