Tempo
|
A+ / A-

Greve dos trabalhadores de saúde com forte adesão no turno da noite

28 jul, 2016 - 07:23

Paralisação de 48 horas exige a reposição das 35 horas semanais a todos os trabalhadores e a celebração de um acordo colectivo de trabalho.

A+ / A-

A adesão à greve dos trabalhadores do sector da saúde, que começou às 00h00 desta quinta-feira, rondou os 90% em várias unidades hospitalares, com excepção dos hospitais de São José e de Beja, que atingiram os 100%.

Em comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais adiantou que a adesão à greve dos funcionários do Hospital de São José (urgências e medicina) e Hospital de Beja no turno da noite foi de 100% e no Hospital D. Estefânia 98%.

Os funcionários do sector da saúde iniciaram esta quinta-feira uma greve de 48 horas para exigir a reposição das 35 horas semanais a todos os trabalhadores e a celebração de um acordo colectivo de trabalho.

Ainda em Lisboa, no Hospital São Francisco Xavier a adesão foi de 95%, em Santa Maria 30% e na Maternidade Alfredo da Costa 20%.

No Centro Hospitalar Barreiro/Montijo a adesão foi de 90% e no Hospital de Setúbal 20%, de acordo com o primeiro balanço da Federação de Sindicatos.

No que diz respeito ao norte, a Federação indicou que a adesão à greve nos hospitais Santos Silva (Vila Nova de Gaia) e Penafiel foi de 90%, enquanto nos de S. João e Santo António (Porto) atingiu os 80%.
No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, os blocos operatórios, serviços de urgência e esterilização estão a funcionar só com serviços mínimos e nos internamentos a adesão dos trabalhadores é de 90%.

Também no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga (S. Sebastião e Vila da Feira), São João da Madeira e Oliveira de Azeméis e Centro Hospitalar Baixo Vouga (Aveiro, Estarreja e Águeda) a adesão à greve no que diz respeito aos internamentos é de 90% e os blocos operatórios, urgência e esterilização estão apenas com serviços mínimos.

Os dados da Federação apontam ainda para uma adesão à greve de 90% no Insdtituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, Hospital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar Tondela e Viseu (São Teotónio) e Centro Hospitalar Leiria/Pombal.

Por fim, no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) de Coimbra estão apenas com serviços mínimos.

A 1 de Julho passado entrou em vigor o diploma que repõe as 35 horas semanais no sector da Administração Pública, mas, no sector da saúde, o Governo deixou de fora os trabalhadores com contrato individual de trabalho, remetendo a alteração da duração de trabalho para a celebração de um Acordo Colectivo de Trabalho a negociar com sindicatos.

Participam na greve assistentes operacionais de apoio à acção médica, técnicos de diagnóstico de terapêutica, radiologistas, entre outros funcionários do sector da saúde, com excepção dos médicos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Joao
    28 jul, 2016 Corroios 10:13
    Mais greve, mais dinheiro, mais outro massacre aos contribuintes portugueses...
  • Alfredo
    28 jul, 2016 Lisboa 10:12
    Ora uma excelente medida de esquerda. Igualdade de tratamento. Com base em estudos científicos e devidamente fundamentados , foi adotada esta medida para que os enfermeiros fossem todos tratados de forma igual. Sendo assim, alguém entendeu que há enfermeiros que precisam trabalhar mais uma hora por dia para produzir o mesmo que os outros. Parece um bocado engeringonçado, mas não é. É apenas uma forma de BE/PCP e PS respeitarem a constituição e tratarem todos os cidadãos da mesma forma.
  • manuel
    28 jul, 2016 porto 10:01
    a que introduzir outros sistemas como a entrada de privados no sns
  • 28 jul, 2016 LX 08:52
    Greve? Ai que comunistas! Só 35 horas por semana? Preguiçosos!! Pelo menos 60 horas! "O trabalho liberta"!! Acordo colectivo? Isso também é muito comunista! Acordo individual, sim, cada caso é um caso! Há que respeitar a liberdade individual! Pode ser que se arranje quem queira trabalhar 60 horas por semana a 1€/H.
  • António Cabral
    28 jul, 2016 Loriga 08:31
    Faz falta o programa de empobrecimento, trabalhavam mais horas por menos dinheiro e bem caladinhos para não os obrigarem a imigrar .

Destaques V+